segunda-feira, 30 de abril de 2012

Impressões sobre o Diablo III Beta


Gênero: Action RPG/Hack'n Slash
Desenvolvedor: Blizzard Entertainment
Publisher: Blizzard Entertainment
Plataformas: PC
Lançamento: 15 de maio de 2012
Onde comprar: http://www.battle.net




Fala, galera. Hoje, falaremos sobre a versão beta do jogo mais aguardado e mais adiado do ano. Doze anos após o lançamento de seu predecessor, finalmente, no dia 15 de maio, ele chegará às lojas. E o Um Hit Point traz a você suas impressões sobre esse game, para que saiba o quanto de sua vida social vai pro espaço a partir do mês que vem.

Então, peguem suas poções de vida, sua espada, armadura e cajado, porque em breve voltaremos a enfrentar as hostes infernais em DIABLO 3!

Qualquer game em que você já comece cercado de zumbis é um bom game

Em primeiro lugar, é importante deixar claro que o Um Hit Point apenas teve acesso à versão beta, em que apenas era possível subir até o nível 13 e chegar até o fim do primeiro ato, derrotando o Rei Leoric, e é nela que esta matéria foi baseada. Não sabemos o quanto disso será mantido no jogo final.

A história, como já falamos quando anunciaram a data de lançamento, começa bem simples: uma estrela caiu na cidade de Tristam, aquela mesma que foi destruída no começo do segundo jogo da série. A queda dessa estrela é um mau presságio, que indica o retorno do mal e o fim dos tempos. E você faz o papel de um aventureiro que viaja de volta a Tristam para investigar esse acontecimento.

Há cinco classes de personagens para escolher: o Bárbaro (barbarian), que se utiliza de sua força bruta para destruir seus oponentes, tirando seu poder da fúria; Caçador de Demônios (demon hunter), que usa ataques à distância e manipulação de sombras para sobreviver, baseando seu poder em uma combinação de disciplina e ódio; Monge (monk), que se foca na velocidade e em ataques precisos, usando a força de seu espírito; Feiticeiro (witch doctor), que manipula as forças da vida e da morte e controla os espíritos, usando o poder da mana; e o Arcanista (wizard), mestre do tempo e das energias elementais, que se fortalece por meio do poder arcano. Cada uma delas exige do jogador um estilo diferente de jogar na tentativa de derrotar de uma vez por todas o senhor do Inferno.

Incrível como eu achei TODOS os personagens legais

O jogo em muito se assemelha aos dois primeiros títulos da série. É, na minha visão, algo entre um RPG de ação e um hack'n slash, com a câmera no estilo isométrico, ou seja, acima do personagem, mas levemente inclinada, muito usada em jogos 2D para dar a aparência de 3D.

Nele, você deve destruir hordas e mais hordas de criaturas demoníacas, indo cada vez mais fundo, explorando os mais diversos locais, desde masmorras e cavernas até o próprio inferno, em busca de derrotar Diablo, o Senhor do Terror.

No seu caminho, você encontrará vários personagens que lhe ajudarão, alguns já velhos conhecidos, como Deckard Cain, presente desde o primeiro jogo, outros novos, como Leah, filha da bruxa Adria, que já teve um papel importante na série.

Deckard Cain e Rei Leoric cara a cara

Conforme for avançando, seu personagem vai evoluindo e subindo de nível, ficando cada vez mais forte. Ao contrário dos games anteriores, neste o aumento dos atributos ao passar de nível é automático, não sendo mais escolhido pelo jogador, o que eu não gostei tanto, por ter tirado um pouco da liberdade.

A mecânica da escolha de habilidades também passou por motificações. A árvore de habilidades, ou skill tree, deu lugar a um sistema em que novos poderes são aprendidos de maneira linear, com o passar dos níveis.

Há três espécies de habilidades: as ativadas pelos botões do mouse, que são as primárias e secundárias; as da barra de ações, divididas em quatro categorias, diferentes para cada personagem e ativadas pelas teclas de um a quatro; além das habilidades passivas.

O novo sistema de habilidades tem muito potencial

Apenas um poder de cada categoria de habilidades ativas pode ser escolhido por vez, em um total de seis, sendo que não necessariamente os de nível maior serão melhores que os anteriores, o que depende muito da situação, fazendo com que o gameplay seja bem mais variado.

Por fim, há a possibilidade de se escolher runas, que também são conseguidas com o aumento de nível e causam mudanças nas habilidades, adicionando mais um elemento de estratégia.

Os combates são muito rápidos e é muito comum envolverem você e mais de uma dúzia de monstros ao mesmo tempo. Muitos deles já são tipicos da série, como zumbis e esqueletos, enquanto que outros são totalmente novos ou versões reformuladas de inimigos já conhecidos. Uma coisa que gostei foi que sempre que você encontra um novo monstro aparecem na tela anotações feitas por Cain ou outro escritor dando mais detalhes sobre aquela criatura, fazendo com que ela se torne parte daquele mundo, não só um bicho aleatório que serve como bucha de canhão.

Claro que, mais cedo ou mais tarde, você vai parar em Tristam

Como uma das características mais marcantes da franquia, não poderia estar ausente o gerador aleatório de masmorras. Isso significa que sempre que você for jogar o cenário será muito diferente da vez anterior, assim como a localização dos monstros e tesouros, que nunca se repetirão. Isso colabora para um aumento no fator replay, pois torna as fases menos enjoativas.

Algo que não esteve presente até agora e que será introduzido em Diablo 3 é a possibilidade de forjar seus próprios itens. E, quanto mais você usar o NPC para a forja, mais níveis ele passará e poderá fazer itens cada vez melhores. Não é nada realmente original, mas é uma opção a mais em um game onde os itens têm uma importância fundamental em sua jornada em busca de seus objetivos.

Consiga os materiais para fazer itens e quanto mais itens fizer mais níveis passa.
Nada de novo por aqui, ao que parece

Por sua vez, uma grande novidade em Diablo 3 é a Casa de Leilões (auction house), na qual os jogadores poderão comprar e vender os itens que encontrarem em suas jornadas. Nada novo até aí, certo? Já tem isso no WoW há uns 10 anos. A diferença é que, agora, é possível usar dinheiro de verdade nas transações. Isso mesmo, cansada de gente ganhando grana com o comércio de itens, a Blizzard resolveu que era hora de tirar sua parte. Então, mediante uma taxa a ser estabelecida, você poderá engordar sua conta bancária vendendo os itens que encontrar em suas aventuras, sendo que o dinheiro poderá tanto ser creditado em sua conta Battle.net quanto resgatado por meio de serviços como PayPal.

Os gráficos foram bastante melhorados em relação ao jogo anterior, o que era de se esperar, já que este tem doze anos de idade. Só que, até onde eu vi, não se destacaram muito em quase nenhum momento. Não me entendam mal, eu não disse de maneira alguma que são feios ou ruins. Pelo contrário, os cenários, em especial, são muito bonitos e bem feitos. Mas, em vários momentos, especialmente no que se refere aos personagens, a impressão que tenho é a de que não se preocuparam muito com os detalhes. Talvez seja porque a idéia do jogo é lhe colocar constantemente contra muitos inimigos das mais variadas espécies, o que faria a maior parte dos computadores saírem dançando ula-ula caso os gráficos fossem mais pesados.

Menos gráficos para poder colocar mais inimigos. Pra mim, é uma ótima troca.

Os sons em Diablo 3 não deixam a desejar, tanto a trilha sonora quanto a dublagem, passando pelos efeitos sonoros. Tudo isso colabora de maneira crucial para facilitar sua imersão no jogo, seja durante os diálogos que aprofundam a história do game ou no meio de combates épicos contra chefes e outros monstros épicos. Pena que, como até agora apenas tivemos acesso ao beta, ainda não presenciamos todo o potencial desse aspecto do jogo.

Quanto ao Multiplayer, segue um esquema de grupo diferente do usado nos títulos anteriores. São permitidos 4 jogadores por sala, sendo que todos eles automaticamente estão em grupo, não sendo possível se tornar hostil. Os monstros ficam mais resistentes conforme aumenta o número de players, mas, ao contrário do Diablo 2, a quantidade de experiência não aumenta.

Alguns monstros gigantes dão mesmo medo quando
encontramos pela primeira vez

Já foi divulgado que não haverá a opção de PvP quando o game for lançado, sendo que a opção virá em um patch futuro, junto com várias arenas específicas para combate entre jogadores. A falta dessa possibilidade tira boa parte da graça, mas ainda assim é muito divertido enfrentar centenas de monstros junto com seus amigos, passando níveis e encontrando itens cada vez mais fortes. 

Uma das poucas falhas que enxerguei nesse jogo é sua similaridade com os anteriores. Tudo bem que o que se esperava era algo no mesmo estilo, mas minha sensação foi a de jogar um Diablo 2 melhorado. Muitos cenários e monstros são versões aprimoradas daqueles que já vemos desde 1997. 

Inclusive, apesar de não serem tantos, pelo menos nas fases que fazem parte do beta, ainda há aqueles cenários gigantescos que levam muito tempo até serem totalmente explorados e que têm apenas monstros das mesmas espécies. Ou seja, quando finalmente encontramos as escadas pro próximo andar, já estamos esgotados daquilo.

Com o tanto de inimigos repetidos, minha maior felicidade são os ataques de área

Esse foi um erro cometido no Diablo 2, especialmente no final do Ato 1 e no início do Ato 3, que eram formados por muitos cenários praticamente iguais e em sequência, com pouquíssima variedade de inimigos, a ponto do jogador ficar desestimulado a jogar de novo, sabendo que teria que passar por aquilo novamente. O ideal, para mim, seriam cenários menores e com inimigos mais variados, para passar a impressão de que se está realmente avançando, ao invés de fazendo a mesma coisa repetidamente.

Outra coisa que não me agradou foi que tudo pareceu mais fácil. Vou ser sincero, eu não sei o que acontece quando se morre nesse game, simplesmente porque fui do início ao final do beta sem morrer nenhuma vez. Será que eu sou tão bom assim? Claro, certamente. Mas não é só isso, a própria mecânica do jogo tratou de deixá-lo mais simples. Ao matar os monstros, frequentemente caem alguns globos de vida, ou coisa do gênero, que lhe curam automaticamente. Ou seja, basta que você mate monstros o bastante que nunca vai morrer.

Mesmo quando eu enfrentei o Rei Leoric, que é o chefe final do beta, não cheguei nem perto de ser derrotado, apesar de causar um dano ridiculamente baixo nele, por ainda estar usando a mesma varinha com que comecei o jogo. Ele mesmo acabava matando sem querer os inimigos que invocava, deixando várias fontes de vida pra mim, que só tinha o trabalho de correr pegando todas. Foi meia hora de luta em que eu usei no máximo umas 7 ou 8 poções de vida.

Por que raios os monstros carregam balões cheios de poção de vida?

Os ajudantes/sidekicks/companheiros também sofreram mudanças. Não são mais contratados, como no game anterior, e sim encontrados no desenrolar da história. Mas mesmo eles acabaram deixando o game mais fácil pois, quando morrem, ao invés de serem ressuscitados na cidade, voltam à vida poucos segundos depois de caírem. O guerreiro que aparece no Beta esteve comigo na luta final e deve ter morrido umas cinquenta vezes antes de eu derrotar o Leoric, mas sempre se levantava com a vida e a mana cheias, aproveitando para me curar enquanto era morto de novo.

No final das contas, o mais importante foi o que passou pela minha cabeça ao terminar o beta: "Que droga, agora só verei a continuação dia 15 de maio". Esta é a sequência de uma história que os gamers acompanham há 15 anos e que certamente querem ver como vai se desenrolar. Apesar de ser muito parecido com os títulos anteriores, de certa forma é isso que queremos: entrar novamente na pele de um guerreiro e lutar contra as forças demoníacas, derrotando mais uma vez o Senhor do Terror, torcendo para que ele ressuscite outra vez, para podermos fazer tudo de novo. E falta menos de um mês para termos essa chance.

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