quinta-feira, 3 de maio de 2012

Games que viraram filmes

Fala, galera! Hoje, o Um Hit Point traz a vocês mais uma matéria especial: games que viraram filmes!

Todos sabemos que, hoje em dia, muitos jogos são muito mais voltados para a história do que eram até alguns anos atrás. Alguns possuem tramas tão complexas que apenas duas ou três horas não seriam o suficiente para desenrolá-las por inteiro.

Assim, com a popularidade cada vez maior que a indústria dos games vem tendo, muitos já tentaram se aproveitar e transformar jogos eletrônicos em filmes. Alguns tiveram sucesso, muitos falharam miseravelmente, mas nós, no mínimo, ganhamos muito material para nos divertirmos, ainda que essa diversão seja falar mal.

Eu não falarei de todos os filmes já feitos com base em jogos, porque ainda não assisti a todos e neste site eu prefiro apenas falar daquilo que eu já conheço, ainda que por cima. Também, comentarei apenas os que já foram lançados. Alguns ainda em fase de produção, como Uncharted, terão uma matéria própria futuramente, depois de estrearem.

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Se tivermos esquecido de algum filme que você achou legal, ou se dermos alguma mancada, podem comentar aí embaixo ou mandar um e-mail para umhitpoint@gmail.com


Agora, vamos ao que interessa!



Doom



O game da década de 90, um dos grandes responsáveis por estabelecer o fps como um dos gêneros mais populares de jogos eletrônicos levou 12 anos para chegar às telas de cinema. Ou quase isso. Protagonizado pelo Dwayne "the Rock" Johnson, poucas coisas no filme, que estreiou em 2005, realmente remetem ao jogo, como o fato da trama se passar em Marte, a presença de monstros e da estrogonófica arma BFG (conhecida entre os amigos como Big Fucking Gun).

De resto, nem de perto se aproxima da história original, que tratava de um portal aberto por engano para o inferno. Havia planos para uma continuação, mas o filme acabou sendo um fracasso de bilheteria e acabaram desistindo.


Double Dragon



Double Dragon, lançado originalmente para os arcades em 1987, é conhecido como um dos precursores do gênero beat'em up nos video games e é divertido de jogar mesmo hoje em dia. Sua versão para o cinema veio sete anos depois, em 1994, em um filme que pouco ou nada tem a ver com o roteiro original do jogo (se é que o jogo tinha algum roteiro).

Ao invés de dois irmãos lutando para resgatar a mocinha, como era de se esperar, criaram toda uma trama em volta de um medalhão, chamado double dragon, dividido em duas partes, sendo que cada uma dá diferentes poderes ao seu portador. Uma delas está com os irmão Billy e Jimmy e a outra com um chefão da máfia, que fará de tudo para ter o medalhão inteiro. 

A combinação de um roteiro fraco com atuações ainda piores fez com que este ficasse conhecido como um dos piores filmes baseados em jogos da história, se não o pior.


Final Fantasy



De longe uma das maiores séries de J-RPGs, cada Final Fantasy traz uma história que não só seria o bastante para encher um filme como faria duas horas parecerem muito pouco. No entanto, apenas dois longa-metragem, em computação gráfica, foram feitos tendo esse título como base.

O primeiro foi Final Fantasy: Spirits Within, lançado em 2001, que, na minha opinião, só se aproveitou do nome para conseguir audiência, porque pouco tem de Final Fantasy, apesar de ter sido produzido pelo próprio Hironobu Sakaguchi. Claro que na época eu achei, e continuo achando, que o trabalho que fizeram com o CG foi fantástico, ainda mais se pensar que o filme tem mais de 10 anos.

Mas a história, que se passa em um mundo futurista em que a Terra foi invadida por alienígenas, pouco tem a ver com o que vemos nos games. Algumas referências são encontradas e bastante claras, como a presença de um personagem chamado Sid e o fato da Terra possuir um espírito próprio, formado pelo espírito de todos os seres vivos, o que é algo recorrente na série. Mesmo assim, acabou sendo uma decepção para quem esperava algo mais parecido com os jogos.



No entanto, em 2005, os fãs tiveram o que sempre esperavam, porque chegou às lojas o filme Final Fantasy VII: Advent Children. Não é novidade pra ninguém que Final Fantasy VII é o jogo de maior sucesso da série, apesar de nem todos concordarem que é o melhor. E é nele que esse longa-metragem se baseia, se passando dois anos após a derrota de Sephiroth. A história é razoavelmente fraca, mas trouxe aquilo que os jogadores esperavam: ver seus personagens preferidos em HD dando muita porrada, com uma luta fantástica entre Cloud e Sephiroth. O sucesso foi tanto que, em 2009, foi lançada a versão completa para blu-ray, com a inclusão de muitas cenas que haviam sido cortadas, além de diversas revisões.



Mortal Kombat



Mortal Kombat, uma das franquias que elevou a violência nos games a um novo patamar, deu origem a dois filmes: Mortal Kombat, de 1995, e Mortal Kombat: Annihilation, de 1997.

O primeiro é um dos filmes de games mais icônicos até hoje, basicamente porque manteve o espírito dos jogos. Bom, nem de perto tem tanta violência, mas o clima sombrio e o torneio entre os mundos estavam lá. Outra coisa que curti é que os representantes da Terra praticamente não tinham poderes especiais, mas mesmo assim enfrentavam oponentes muito poderosos, sempre usando mais a astúcia do que os músculos. Só o Liu Kang usou alguns poderes, mas de forma sutil e apenas quando já estava na ilha do torneio.

As batalhas foram muito bem imaginadas e coreografadas, enquanto que as atuações não deixaram a desejar, especialmente por parte do Christopher Lambert, que fez o papel de Raiden. Os efeitos especiais tiveram um papel muito importante, especialmente na segunda metade do filme, e eu considero que foram bem usados.

Aliás, uma curiosidade: sabem por que a música tema de Mortal Kombat não esteve no nosso Top 10 de músicas de games? Porque ela não veio dos jogos, mas sim deste filme. Mesmo assim, se tornou tão famosa que até hoje é sempre associada à série. De acordo com o site do IMDb, levou menos de 2 semanas para o disco da trilha sonora chegar a platina.

Quanto ao segundo filme, Mortal Kombat: Annihilation... bem, sabem aqueles erros que podem ser cometidos ao se fazer uma continuação? Pois é, deram mancada em quase tudo aqui.

A começar pelos atores, que foram quase todos mudados, com exceção do Liu Kang e da Kitana. Até o Raiden, cuja atuação no primeiro filme foi a que mais chamou a atenção, desta vez foi vivido por James Remar, ao invés do Christopher Lambert. Como querem que os espectadores sintam que é uma continuação se mudou tudo?

E também, e isso é um semi-spoiler, matam o Johnny Cage nos primeiros cinco minutos de filme. Bem assim: "Oi, este é o filme  do Mortal Kombat, sobre 3 heróis que... opa, agora são 2 heróis". Tenho que admitir que o diretor foi muito macho pra se arriscar assim, mas não deu, cara, você tirou um personagem maneiro por motivo nenhum e ferrou tudo.

As coreografias também são muito piores do que as do primeiro filme, enquanto que as lutas envolvem diversos personagens novos, dos títulos seguintes da franquia, que mal são apresentados e já caem na porrada. E a batalha final deve ganhar um prêmio de pior batalha da história. Todos os estudantes de cinema deveriam assisti-la para saberem quais as piores formas de se usar computação gráfica e nunca repetirem isso. Aliás, quase toda a computação gráfica nesse filme é sofrível.

Definitivamente,  se você quer ver um filme sobre Mortal Kombat, fique com o de 1995. O segundo só veio para detonar o que o primeiro fez de bom.



Resident Evil



Como uma das mais populares séries de jogos survival horror, Resident Evil tem história para encher muitos filmes. E realmente, até agora foram quatro filmes e mais um a ser lançado este ano: Resident Evil (2002), Resident Evil: Apocalypse (2004), Resident Evil: Extinction (2007), Resident Evil: Afterlife e Resident Evil: Retribution (setembro de 2012).

O problema é.... apesar dos games possuírem uma história longa e complexa, os filmes pouco têm a ver com a trama original. Apesar de usarem alguns personagens e monstros da série, as semelhanças param por aí, especialmente do segundo filme pra frente. Resident Evil trata de pessoas comuns sobrevivendo a uma infestação zumbi. Se você coloca como protagonista uma mulher com super poderes, já não é Resident Evil, é um filme genérico.

E vou contar que, ainda se as mudanças tivessem sido interessantes, eu deixaria passar. Mas caramba, não são. Vou ser honesto, eu não vi todos esses filmes. Não sei se foi no segundo ou no terceiro que colocaram a Milla Jovovich para enfrentar o Nemesis em uma espécie de arena, com soldados torcendo, me deu tanta vergonha alheia que eu não aguentei continuar.

Mesmo assim, as críticas têm sido melhores do que as de muitos filmes desta lista, todos eles recebendo em torno de nota 6, segundo o site IMDb. Talvez até dê para assistir, mas não recomendo irem ao cinema ou alugarem os DVDs esperando um live-action de Resident Evil, porque desse só tem o nome.




Por outro lado, em 2008 a Capcom lançou uma animação que fez todos os filmes de Resident Evil irem embora com o rabo entre as pernas: Resident Evil: Degeneration.

Para começar, os protagonistas são dois dos melhores personagens da franquia até agora: Leon Kennedy e Claire Redfield. A história se passa alguns anos após os acontecimentos em Racoon City. A Umbrella já foi desmantelada e agora há grupos protestando em prol daqueles afetados pelo T-Virus. Uma empresa chamada WilPharma diz estar pesquisando uma vacina que impedirá que mais humanos sejam zumbificados. Mas será que conseguirá a tempo de deter uma nova infestação pelo T-Virus e pelo ainda pior G-Virus?

A animação não é perfeita, tem algumas falhas de roteiro, mas traz melhor o espírito do jogo e, também, sua história está diretamente ligada à dos games. Não vou explicar porque é spoiler, mas recomendo a todos os fãs dessa série.



Silent Hill



Esta é, na minha opinião, a melhor conversão de um jogo para as telas do cinema. Lançado em 2006, esse filme se baseou nos três primeiros games da série para criar sua história, fazendo também uma homenagem ao Silent Hill 4: The Room ao incluir uma música de sua trilha sonora.

Depois de assistir ao longa, você pode dizer que não deu medo, ou que as atuações não foram tão boas, ou sei lá, que os efeitos especiais não foram tão bons quanto gostaria. Mas não vai poder reclamar que o clima do filme é diferente daquele que vemos no jogo, porque esse foi transportado de maneira praticamente impecável.

Tudo está lá, a cidade abandonada, a neblina, a sirene, as duas dimensões, o rádio com interferência, os monstros retorcidos e desfigurados.... você se sente assistindo enquanto outra pessoa joga. Até os ângulos das câmeras muitas vezes lembram os usados em jogos de survival horror e a trilha sonora foi praticamente toda retirada dos games. Este é um exemplo que os criadores dos filmes do Resident Evil deveriam seguir. Recomendo.



Super Mario Bros.




O clássico Super Mario Bros. também teve uma participação nos cinemas, em um filme lançado em 1993, que foi ótimo pra mostrar como o mundo desse jogo é maluco. Para evitar que os espectadores ficassem 2h só vendo um bigodudo pulando em cima de cogumelos e tartarugas, introduziram uma história que acabou não colando muito bem. 

Nela, a princesa Peach não aparece, sendo substituída pela Daisy, interesse amoroso do Luigi. O Reino Cogumelo também dá espaço a uma dimensão paralela, na qual os humanos evoluíram dos dinossauros, ao invés dos primatas, sendo que o Bowser/Koopa faz parte dessa raça e quer unir as duas dimensões, para poder conquistar tudo. 

Vamos ser sinceros: o filme é ruim. Tão ruim que os atores principais, Bob Hoskins e John Leguizamo, frequentemente se embebedavam para aguentar as gravações. O Hoskins nem sabia que era baseado em um jogo até o filho contar pra ele. Mas sabem aqueles filmes que são tão toscos que dão a volta e ficam bons? 

Além disso, há várias referências tanto ao Super Nintendo quanto a itens do mundo do game. Acaba valendo à pena pela curiosidade, mas certamente não passa na regra dos 15 anos. Melhor ainda, não passa nem na dos 15 dias.



Street Fighter



Taí mais um filme que até hoje é usado como exemplo de péssima adaptação de games para o cinema. Lançado em 1994, sua história se passa em torno do Guile, "interpretado" por Jean-Claude Van Damme, ao invés de Ryu e Ken, os protagonistas dos jogos. Além disso, o pano de fundo de vários personagens foi mudado (até fizeram o E. Honda ser havaiano), as interpretações são sofríveis e o roteiro é fraquíssimo.

Não sei o que citar como a pior parte disso: Dhalsim médico criando o Blanka, Ryu e Ken parecendo dois babacas, a maneira ridícula como são mostrados os golpes especiais, a falta de um torneio... bom, enfim, o que fizeram foi pegar o nome da franquia, nomear alguns personagens com base naqueles que fazem parte dos games e criar um filme de ação muito sem-vergonha.

Apesar das críticas terríveis dos fãs, Street Fighter chegou a dar um bom lucro e até gerou um jogo baseado no filme (que foi baseado no jogo). Uma sequência chegou a ser planejada, mas desistiram em prol de um reboot, lançado em 2009 e chamado Street Fighter: a Lenda de Chun-Li.

Mesmo tendo como objetivo melhorar a imagem dos filmes baseados em Street Fighter, esse conseguiu ser ainda pior do que o primeiro. Para dar um exemplo, o personagem Vega (o cara das garras, que na verdade se chama Balrog) de espanhol virou um índio e só usa a máscara para esconder o rosto, ao invés de para protegê-lo.

Outras críticas comuns ao segundo filme são a péssima escolha de personagens (Chun-Li, Bison, Rose, Balrog, Nash, Vega e Gen), as atuações terríveis, o fato de que a Chun-Li (que deveria ser chinesa) não conseguir falar chinês direito, as mudanças gritantes na história, além de muitas outras.

Alguém precisa ensinar esses executivos que a primeira coisa a se saber ao transformar um jogo em filme é: nós entendemos que algumas mudanças precisam ser feitas, porque a mídia é diferente. Mas se você joga todo o material original fora e só usa o título e os nomes dos personagens, não é um filme baseado em um game, é propaganda enganosa.



Tomb Raider



A personagem de ação mais famosa dos games dos anos 90, vivida nos cinemas pela atriz Angelina Jolie, protagonizou dois filmes até hoje: Lara Croft - Tomb Raider (2001) e Lara Croft - Tomb Raider: the Cradle of Life (2003).

Bom, apesar da Lara Croft ter a intenção de ser uma espécie de Indiana Jones de saia (ou melhor, de shortinho), os filmes passam muito longe daqueles protagonizados pelo Harrison Ford. Em ambos a história é bastante batida e não passa de uma desculpa para vermos a Jolie dando muita porrada.

As coreografias são muito bem feitas e os efeitos especiais ficaram legais. São filmes para quem quer assistir sem compromisso, vendo uma mulher dando uma surra em dezenas de homens e fazendo um ou dois fanservices eventualmente.

Um terceiro filme havia sido planejado, mas foi abandonado em 2004. Melhor assim, eu acho. Os filmes não estavam seguindo uma progressão que necessitasse de um terceiro, para fechar a trilogia, e continuar uma série indefinidamente quase sempre leva a uma queda brusca na qualidade.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Mario provando que é macho

Isso porque ele ainda nem reuniu o exército de 300 Luigis


A fonte tá no próprio quadrinho, de novo. Olhaí. Embaixo, à direita, viu? É do vgcats.com.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Algumas datas já confirmadas para a Video Games Live 2012


Fala, galera! Hoje estamos aqui para falar sobre o maior espetáculo do mundo relacionado às músicas de video games: a Video Games Live!

Esse concerto, idealizado e protagonizado pelo compositor Tommy Talarico, teve sua estréia em Los Angeles em julho de 2005 e, desde então, tem viajado para dezenas de países ao redor do mundo, tocado por várias orquestras, com sua lotação esgotada em praticamente todos os lugares aos quais vá. Para ainda não conhece, aqui vai uma amostra:


Além de tocar músicas icônicas dos mais diversos títulos de games, como The Legend of Zelda, Sonic, Super Mario, FInal Fantasy, Portal, Advent Rising, Tomb Raider, Mass Effect, Assassin's Creed, Mega Man e muitos outros, cria também a oportunidade dos fãs se encontrarem com seus compositores favoritos, já que é muito comum esses serem convidados para participarem do show durante a performance de suas próprias músicas.

Em 2010, tivemos no Brasil a participação de Akira Yamaoka, responsável pela trilha sonora de Silent Hill, e Gerard K. Marino, compositor da trilha de God of War. Já em 2011, os fãs tiveram uma grande surpresa: uma mini-entrevista ao vivo, via teleconferência, com Ralph Baer, um dos maiores responsáveis pela existência dos video games como os conhecemos.

E agora, já consta na página oficial as datas para as apresentações no Brasil em seu Tour 2012, que passará por aqui pelo sétimo ano consecutivo: Em São Paulo, teremos dois shows, nos dias 13 e 14 de outubro, sábado e domingo. E, no Rio de Janeiro, apenas um foi confirmado por enquanto, dia 20 de outubro, sábado.

Os locais e horários ainda não foram confirmados, mas é muito bom já termos a certeza de que o evento virá para cá novamente, esperamos que com um repertório ainda mais variado do que nos anos anteriores.

E tem mais. Na lista de apresentações da turnê 2012, ainda consta isso aqui:


Ou seja: além de dois show em São Paulo e um no Rio de Janeiro teremos outras apresentações. Quais outras cidades terão a chance de sediar esse evento, cujos ingressos esgotam em poucos dias e que reúne facilmente milhares de games ao mesmo tempo? O Um Hit Point tratará de acompanhar e divulgar conforme tivermos novidades.