sábado, 31 de março de 2012

Red Dead Redemption - RESENHA

Gênero: Action/Sandbox
Desenvolvedor: Rockstar
Plataformas: XBox 360 e PS3
Lançamento: Maio de 2010
Nota: 9,0 de 10,0


Eu tenho que admitir que nunca fui fã de filmes de faroeste. Não que não goste, apenas nunca me interessei muito. Apenas recentemente tive a curiosidade de ver obras como "Três Homens em Conflito" e a série do Estranho Sem Nome, do Clint Eastwood.

Deve ser por isso que demorei tanto para testar este game, que passou mais de um ano parado na minha estante antes de ser colocado pela primeira vez no PS3. Mas, assim que comecei a jogar, imediatamente fui transportado, com direito a chapéu e tudo, para dentro de um dos melhores filmes do Sergio Leone, que me deixou vidrado durante muitas semanas. Estou falando, obviamente, de RED DEAD REDEMPTION!
 

 A história desse jogo é simples e, ao mesmo tempo, muito interessante. você é John Marston, um ex-fora da lei que fazia parte de uma gangue de bandidos no estilo Robin Hood, que roubavam dos ricos e compartilhavam com os pobres. No entanto, no momento em que seus companheiros começaram a perder esse espírito e a cometer atos de violência desnecessária, você resolveu que não queria mais aquela vida e fugiu com uma prostituta que sempre andava com seu grupo, vindo a ter um filho com ela e a estabelecer uma nova vida como fazendeiro.

No entanto, o passado de John acaba voltando para assombrá-lo quando o governo federal sequestra sua família e, para poder encontrá-la de novo, você é obrigado a ir atrás de seus ex-companheiros e capturá-los (ou matá-los, o que for mais fácil).

É nesse ponto que nós encontramos nosso (anti-)herói. Toda a história pregressa dele é contada durante os diálogos que acontecem no decorrer do jogo e, mesmo o jogador não tendo vivenciado a vida de John, acaba sentindo como se o conhecesse há muito tempo, talvez pelo carisma do personagem ou pelo próprio roteiro, que é muito bem escrito.

De longe é um dos jogos mais bonitos que eu já vi

O jogo é um sandbox de um estilo muito parecido com o do GTA, ainda porque, a desenvolvedora é a mesma. Você tem uma área enorme à sua disposição, que vai se abrindo ainda mais no decorrer da história, na qual há várias cidades e entre elas grandes áreas vazias, onde você pode encontrar desde caravanas até bandidos perigosos de tocaia.

Essa é uma coisa que faz deste um jogo extremamente imersivo: o mundo parece realmente vivo. O dia e a noite se alternam, sendo que em diferentes horários você encontrará diferentes animais, pessoas e eventos acontecendo à sua volta. Além disso, o fator aleatório é muito importante, porque a qualquer momento você pode estar em um bar, jogando Poker, e de repente ouvir uma mulher gritando porque está sendo atacada por um tarado. Ou, durante uma viagem, podem te pedir ajuda para salvar alguém que está para ser enforcado ou para consertar uma carroça que quebrou. Não saber o que vai encontrar durante uma missão tem mantém atento o tempo todo, não havendo nenhum momento em que você possa realmente descansar.

Em cada área do mapa você encontrará vegetação e animais diferentes,
sem falar nas pessoas


Quanto aos combates, você tem duas opções: matar seu inimigo ou capturá-lo vivo. A captura é realmente fácil, basta se aproximar de seu inimigo e acertá-lo com seu laço, que ele ficará indefeso, pronto para ser amarrado e carregado de volta para a cidade. Mas cuidado, se você capturar um bandido procurado, as chances são de que será atacado por muitos outros no caminho para a delegacia. Quanto maior a recompensa, mais difícil será chegar inteiro.

O segundo meio de vencer uma luta, obviamente, é matar os adversários. A mecânica utilizada nesse quesito é muito parecida com a do GTA, com a mira automática e a possibilidade de se esconder atrás de objetos para escapar de levar balas indesejadas na testa. O que eu estranhei é que, ao contrário de outros games de tiro, a mira é apenas um pontinho, não um círculo ou uma cruz, que indicam a área onde o tiro pode acertar, levando-se em conta o recuo da arma e outros fatores que impedem que a mira seja perfeita. Mas, com o tempo, entendi e me acostumei. John é um pistoleiro e é o melhor no que faz. Sabe perfeitamente como compensar o recuo da arma, o vento e qualquer outro fator, por isso, se ele quer acertar um ponto, é pra lá que a bala vai.

Para confirmar minha ideia de que Marston tem uma mira não apenas rápida, mas também perfeitamente precisa, existe o Dead Eye, que é a versão deste game do bullet time. Ao ativá-lo, tudo à sua volta fica muito mais lento e, assim, você pode calmamente atirar em todos os inimigos à sua volta, que parecerão tartarugas. Essa habilidade faz de você praticamente uma máquina de dar headshots e, após certos eventos, ela vai ficando ainda melhor.

O Dead Eye ajuda muito, mas talvez seja um pouco demais

Há também um tipo de combate que te permite não matar nem capturar o adversário, que é o duelo. Nele, você faz parte de um daqueles famosos duelos de filmes de bangue-bangue em que vence quem saca mais rápido. Eles acontecem durante missões e também aleatoriamente. De vez em quando, enquanto você estiver andando pela cidade, algum valentão te desafiará e fica a seu critério aceitar ou não. Há alguns duelos específicos em que você não vencerá se não matar, mas, na maior parte das vezes, alguns tiros na mão ou no braço serão o suficiente para te dar a vitória e ainda ganhar alguns pontos de honra.

Esses pontos de honra, assim como os pontos de fama, mudam a maneira como as outras pessoas lhe vêem e tratam. A fama aumenta conforme você se torna mais notório, enquanto que a honra pode tanto aumentar quanto diminuir, dependendo se você pratica atos bons ou maus. Se estiverem altos, as autoridades talvez até lhe dêem uma colher de chá e olhem pro outro lado conforme você pratica crimes menores, mas uma honra baixa faz com que você seja evitado pela população e talvez até perseguido pela lei.

Essa cena me dá muita vontade de ver "Três Homens em Conflito"

Sim, assim como no GTA, é possível você jogar como um bandido, apesar de eu não ter feito isso. Você pode cobrir o rosto com um pano e assaltar um trem, por exemplo, ou ir logo pro faroeste macarrônico e colocar uma mocinha amarrada em cima dos trilhos, esperando o trem passar por cima dela. Quanto mais crimes cometer, mais sua honra cairá e maior será a recompensa pela sua cabeça. Então se prepare para encontar muita resistência.

Para se tornar uma verdadeira lenda do oeste, é necessário que você complete os challenges (desafios), que são uma opção disponível desde bem cedo no game. Há quatro categorias no jogo original (atirador, caçador, herbalista e caçador de tesouros) e mais algumas disponíveis por DLC. Cada categoria lhe trará dez desafios, como matar uma certa quantidade de determinado animal ou recolher determinado número de ervas de um tipo, que, se forem completados, lhe darão melhores habilidades e deixarão mais perto de ser um verdadeiro Clint Eastwood.

Nada como o bom e velho assalto ao trem pagador

Caso não tenha aspirações tão grandes, ou queira simplesmente uma distração de tantos tiroteios e cavalgadas, você também pode participar de uma boa variedade de mini-games, à maneira do velho oeste, como Poker, 21, Liar's Dice e aquela brincadeira de bater com uma faca na mesa, entre seus dedos abertos, que na vida real sempre terminam com alguém indo pro hospital. Todos esses jogos proporcionam uma boa distração depois de algumas horas dando headshots.

O modo multiplayer também é uma parte importante de Red Dead, tendo vários modos que o jogador pode escolher: no modo Free Roam, até 15 jogadores podem andar pelo mundo basicamente como no Single Player, mas podem se unir e formar grupos de até 8 pessoas para sair distribuindo o terror ou até enfrentando outros grupos. No modo competitivo, por outro lado, há a opção de lutarem cada um por si ou em times, sendo que a primeira opção sempre começa com um impasse mexicano e a segunda com um duelo de saque com um time de cada lado.

Isto é um impasse mexicano

Os gráficos do game são realmente incríveis, você se sente realmente como se estivesse no velho oeste, cavalgando em seu cavalo por terras inóspitas, tendo que lidar tanto com bandidos quanto com a vida selvagem. Os personagens são bem feitos e o cenário é melhor ainda, o que era de se esperar porque, em jogos assim, o verdadeiro atrativo é o mundo em que você está. Aliás, eu preciso fazer aqui uma menção especial à chuva, que é a melhor que eu já vi em qualquer jogo eletrônico. Você chega a sentir frio de verdade de tão real que ela é. Poucas coisas são mais emocionantes do que capturar um criminoso procurado durante uma tempestade torrencial.

A trilha sonora também foi extremamente bem-feita, especialmente as músicas que tocam ao final e em um evento importante no meio do jogo. Elas contribuem muito para a emoção que as cenas querem passar e te deixarão triste por não ter realmente vivido aquela época. Todos os demais sons também se encaixam perfeitamente, desde os tiros até os passos dos cavalos a galope.

Capturar os bandidos sempre dá recompensas maiores do que matá-los

A dublagem também tem um papel muito importante e é uma das grandes responsáveis pela empatia que sentimos pelos personagens. Mesmo meses depois de ter jogado pela última vez, ainda lembro do jeito simples do John, ou da maneira decidida e alta da Bonnie falar. Muitos personagens desta história se tornaram memoráveis graças às ótimas atuações por trás deles.

O jogo, porém, tem uma série de bugs, como é normal em games de mundo aberto, com um cenário muito grande. Mas, o que seria um grande problema, neste caso não é tão ruim. Apesar de haver aqueles que tiram totalmente a imersão, como algumas travadas inexplicáveis do cavalo e atravessadas de parede, só que muitos deles são muito divertidos, como a horsewoman, do vídeo abaixo, o que fez até com que os jogadores pedissem para que não fossem consertados em futuros patches.

Assim como John, Bonnie é uma personagem que certamente será lembrada
pelos gamers durante muito tempo

Acho que o único defeito que eu realmente vi nesse jogo é a dificuldade, que praticamente não existe. Em momento algum eu me senti realmente desafiado, mesmo quando me forçava a não usar o Dead Eye (que deixa tudo mais fácil ainda). Claro que morri algumas vezes, mas quase todas porque fiquei negligente por me sentir invulnerável. Houve até uma ocasião em que me deram uma gatling gun e eu nem tentei usá-la, fui na pistola mesmo e ainda assim consegui passar.

Ainda assim, no final das contas, acho que todos os gamers deveriam passar pelo mundo de Red Dead Redemption, pois é um exemplo de como um jogo deve ser feito. Com uma história incrível, personagens carismáticos, um mundo cheio de locais para explorar e uma ambientação sem igual (sem falar em um dos melhores finais de jogos que eu já vi), você se sentirá como um verdadeiro pistoleiro no velho oeste, lutando para recuperar sua família e para se redimir pelos seus erros do passado.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Jogos proibidos no Brasil - MATÉRIA

Há algum tempo atrás, houve uma comoção entre os gamers devido ao projeto de Lei nº 170/06, do senador Valdir Raupp, que previa a proibição de jogos eletrônicos "ofensivos aos costumes, às tradições dos povos, aos seus cultos, credos, religiões e símbolos". Ou seja, praticamente qualquer jogo poderia ser incluído nessa lista. 

No final das contas, conseguimos que houvesse o adiamento da votação por tempo indeterminado. Só que, infelizmente, ainda há chances de algo assim vir a ser aprovado, mesmo parecendo que não será tão cedo.

Desde já, é bom deixar claro que o Um Hit Point é contra qualquer tipo de proibição de games. Tudo bem, alguns deles são mesmo bem pesados e chocantes, mas é pra isso que existe a classificação etária. Coloque lá um "para maiores de 18" e pronto, deixa a galera ser feliz.

E vamos ser sinceros, esse tipo de banimento não impede que ninguém jogue. Pelo contrário, apenas faz uma propaganda maior. Hoje em dia, diferentemente de há 10 anos, é muito fácil adquirir um jogo em outro país, seja importando ou simplesmente comprando pelo Steam, GOG ou qualquer outro site estrangeiro. Me falem um jogo banido do Brasil, que eu imediatamente ficarei curioso e arrumarei uma cópia original só pra ver o que tinha de tão ruim assim.

Também tem outra coisa... desculpe, mas se seu filho viu um jogo de video game e sentiu vontade de sair matando ou machucando as pessoas, o problema não são os games, é seu filho que já tinha algum distúrbio desde o começo. O jogo, nesse caso, foi no máximo um catalisador, que poderia muito bem ser uma briga por futebol, discussão no trânsito ou uma namorada infiel.

O melhor meio de impedir que os video games destruam famílias é criando bem os filhos. Se eles entenderem que aquilo é só um jogo, que não é real, pode colocá-los pra jogar até Manhunt, que não terá problema algum. Pelo contrário, já foi provado cientificamente que jogos eletrônicos desenvolvem várias habilidades mentais, como o raciocínio e os reflexos, além de serem professores de inglês melhores do que todos os que eu já tive na escola juntos.
De qualquer maneira, devemos lembrar que, mesmo não existindo uma lei específica banindo jogos, ainda há aqueles cuja comercialização e distribuição foram proibidas no Brasil, geralmente por ordem judicial. Esta matéria traz a você uma lista deles junto com uma breve explicação, para que decida se acha ou não que há motivos para tanto alarde:

Blood

Desenvolvedora: Monolith
Lançamento: Junho de 1997


Proibido no Brasil desde 1999, este game se trata de um FPS, como boa parte dos outros desta lista. À época, esse tipo de jogo não era tão comum quanto hoje e a imersão que trazia gerou preocupação nos mais conservadores, pois tem como objetivo fazer com que o jogador se sinta no lugar do personagem. Infelizmente, são esses consevadores que escolhem o que querem ou não proibir.

Aqui, você é Caleb, o ex-líder de uma seita pagã/herege que, após ser morto pela traição de Tchernobog, volta dos mortos para buscar vingança. E seu caminho para destruir seu inimigo está cercado de oponentes que serão mortos das maneiras mais violentas e sangrentas possíveis, misturadas com humor negro e temática ocultista. 

Tudo bem que os gráficos hoje são risíveis, mas na época era considerado um jogo com aparência muito realista.


Bully

Desenvolvedora: Rockstar Vancouver
Lançamento: Outubro de 2006


Proibido no Brasil desde abril de 2008. Nesse jogo, você assume o papel de Jimmy Hopkins, um garoto matriculado no internato Bullworth Academy, um local cheio de professores corruptos, alunos mal-encarados e grupos de alunos querendo te pegar. Agora, você deve se virar para sobreviver nesse lugar, podendo escolher tanto ajudar os alunos mais fracos (em troca de recompensas) quanto bater neles para roubar o dinheiro do lanche.

Em termos de violência explícita, Bully é o mais fraco desta lista. No entanto, há alguns anos que aumentou muito a preocupação nas escolas brasileiras com o conhecido bullying, assunto que esteve em todos os jornais em determinada época, o que certamente influenciou muito na decisão de proibir esse game.


Carmageddon e Carmageddon II - Carpocalipse Now

Desenvolvedora: Stainless Games
Lançamento: Junho de 1997 e Novembro de 1998
 

Com base no filme Death Race 2000, Carmageddon é um jogo de corrida no qual você pode vencer de três maneiras: fazendo o percurso em menos tempo, destruindo os outros carros ou matando todos os pedestres. Sabem todos aqueles jogos que os anti-video games dizem que você ganha pontos por matar inocentes? Pois é, neste aqui, você realmente ganha.

A fim de diminuir o fator violência, em muitos países o conteúdo foi editado, transformando as pessoas em zumbis ou robôs (apesar de que eu nunca engoli ter zumbis que se ajoelham e imploram para não serem mortos). Aqui no Brasil, no momento da instalação era requerida uma senha. Com essa senha, você encontrava seres humanos normais e, sem ela, eles eram substituídos por robôs. Mesmo assim, esse jogo acabou sendo proibido.

O game Carmageddon II - Carpocalipse Now acabou sofrendo o mesmo destino que seu antecessor, pelos mesmos motivos, passando inclusive pelas alterações que transformaram as pessoas em zumbis.


Doom

Desenvolvedora: Id Software
Lançamento: Dezembro de 1993


Nesse jogo, você assume o papel de um fuzileiro espacial enviado para Marte, com o objetivo de ajudar na construção de um portal de teletransporte entre as duas luas desse planeta: Phobos e Deimos. Mas, por um erro durante um experimento, o que é aberto é um portal para o inferno, de onde começam a sair diversas criaturas demoníacas, que matam todos os seus companheiros. Agora, você deve ir até as profundezas do próprio inferno a fim de impedir que esses demônios invadam a Terra.

Doom deu um salto em imersão quando surgiu, trazendo diversas inovações em questão de ambientação, iluminação, cenários e outros aspectos, que contribuíram para que se tornasse mais real (tanto quanto um jogo daquela época poderia parecer real).

Infelizmente, alguns velhos rabugentos acharam que era realista demais e que poderia fazer mal pras pobres crianças inocentes e acabaram proibindo o jogo, durante a crise da metralhadora no cinema, da qual falaremos no próximo game. 


Duke Nukem 3D

Desenvolvedora: 3D Realms
Lançamento: Janeiro de 1996


Okay! Se você joga video games e nunca ouviu falar de Duke Nukem, larga esse joystick preto porque você não é gamer, você é moleque! Tenho certeza de que todos nós sabemos quem é esse cara: loiro, bombado, machista e narcisista, praticamente um Johnny Bravo hardcore.

O jogo trouxe ainda mais inovações aos jogos de fps, como a possibilidade de se abaixar ou pular. E mais: em determinada fase, você podia até mesmo se ver no espelho. Adicionado ao fato deste provavelmente ser o primeiro FPS em que o protagonista tem uma personalidade, não é surpresa alguma que fez tanto sucesso.

Qual foi o problema com este jogo? Bom... em 3 de novembro de 1999, um ser humano chamado Mateus da Costa Meira achou que seria uma ótima idéia puxar uma metralhadora e alegremente sair atirando nas pessoas no meio do cinema, durante uma sessão de Clube da Luta. Um filme ótimo passando e o cara fica de costas pra tela atirando nos outros? Um babaca completo, não?

Enfim, ao que parece, os advogados desse desinfeliz tentaram fazer com que ele tivesse a  pena reduzida, dizendo que foi influenciado pelo Duke Nukem 3D, que também tem uma fase que se passa no cinema. Resultado: no final de 1999, Duke Nukem 3D acabou sendo proibido, junto com outros games, como Blood e Doom.

Me pergunto se a justificativa foi só o excesso de violência, ou se a pornografia presente no game também teve algo a ver com isso. Bom, tanto faz. Vamos pro próximo, porque isso já está me irritando.


EverQuest

Desenvolvedora: 989 Studios
Lançamento: Março de 1999
 

Proibido em janeiro de 2008, junto com Counter-Strike, por decisão da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais, EverQuest se trata de um MMORPG como todos os outros, você entra em um mundo de fantasia, escolhe sua raça, sua classe, e sai por aí se aventurando e cumprindo missões.

Agora você se pergunta: "Sério? E daí? Já vi dúzias de jogos como esse". Pois é, eu também estou tentando entender. De acordo com o juiz que proferiu a decisão, "o jogo leva o jogador ao total desvirtuamento e conflitos psicológicos pesados, pois as tarefas dadas no jogos podem ser boas ou más".

E, com essa explicação em mente, eu pergunto: "Sério? E daí?"

Sinceramente, parte essencial de se jogar video games é saber a diferença entre ficção e realidade. Se seu filho for sair por aí matando gatos porque no jogo mandaram ele matar leões, tem algo errado tanto com ele quanto com você, que criou um moleque que não sabe distinguir a verdade da fantasia. Favor se internarem juntos e serem uma linda família maluca feliz.


Grand Theft Auto

Desenvolvedora: Rockstar
Lançamento: Primeiro jogo lançado em outubro de 1997


Hum... vejamos... um jogo em que você é membro de uma gangue e que te dá a possibilidade de matar velhinhas na rua, assaltar bancos, contratar prostitutas, ir a cabarés, matar policiais... ah, e em um dos games é possível destravar a opção de participar de um mini-game de sexo explícito. Qual será o motivo para terem proibido este game?

Isso mesmo, você acertou! Direitos autorais!

 ...como assim, não faz sentido?

Calma, eu explico. Apesar de ter gerado muita polêmica e de ter sido ameaçado de proibição inúmeras vezes, especialmente após o GTA III, que trouxe o jogo para um mundo sandbox em 3D, o que tornou os atos do jogador ainda mais explícitos, nunca chegou realmente a haver uma decisão proibindo qualquer game da franquia.

Quero dizer, isso até o Ballad of Gay Tony, uma expansão, lançada em 2009, do GTA IV. Só que a proibição não foi pelos motivos que eu falei acima, mas sim porque um tal de Mc Miltinho, em outubro de 2010, entrou com um processo contra a Rockstar alegando que uma música sua, chamada "Bota o Dedinho pro Alto", foi usada no jogo sem permissão.

Assim, a 3ª Vara Cível de Barueri/SP deferiu uma liminar e determinou que todas as cópias do jogo à venda fossem recolhidas não apenas no Brasil, mas no mundo todo. Felizmente, depois acabaram voltando atrás e a proibição passou a valer apenas para este país.

Agora... Mc Miltinho... cá entre nós... ninguém, e eu digo NINGUÉM vai comprar GTA porque tem a sua música. Eu nem sabia quem era você até entrar com esse processo. Ao invés de ficar ofendido porque usaram sua música, deveria ficar feliz pela propaganda gratuita, já que nunca tantas pessoas tinham ouvido a tal "bota o dedinho pro alto".


Requiem: Avenging Angel

Desenvolvedora: Cyclone Studios
Lançamento: março de 1999


Bom, vamos analisar: um fps baseado nas religiões cristãs, em que você assume o papel de um anjo que sai por aí armado atirando em monstros. No papel do anjo Malachi (ou Malaquias), o jogador deve usar seus poderes angelicais (e suas armas) para impedir os planos dos anjos caídos, no reino do Caos e na Terra. Por essa descrição, dá pra entender o que pensaram quando proibiram.

Na verdade, por não ser um game tão popular, eu encontrei bem pouca coisa sobre sua proibição. Aparentemente, foi na mesma época em que proibiram o Carmageddon, mas não consegui descobrir muito mais do que isso. Aliás, tirando o conteúdo pseudo-religioso, não encontrei motivo algum para proibirem, já que não vi o tal anjo matando nenhuma pessoa, apenas alguns monstros e sem nem ter tanto sangue assim.


Counter Strike

Desenvolvedora: Valve
Lançamento: novembro de 2000
 

Esse jogo fica por último, porque já foi desproibido. Bom, creio que todos conheçam Counter Strike, certo? Um jogo de fps que tem dois times, um deles de terroristas e outro de anti-terroristas, sendo que o primeiro deve tentar implantar uma bomba enquanto o segundo tenta impedir. 

É um jogo bem básico e até divertido, que fez muito sucesso há uns 10 anos, durante a febre das Lan Houses. Hoje em dia, pelo surgimento de outros mais avançados do mesmo estilo, como Battlefield e Call of Duty, acabou perdendo sua força, mas ainda há muitos jogadores fiéis e são frequentes os campeonatos deste game.

Enfim, a história é a seguinte... em janeiro de 2008, a 17ª Vara Federal da Seção Judiciária de Minas Gerais, na mesma decisão que proibiu o EverQuest, levou o Counter Strike de bandeja, na decisão que mais comprovou o total desconhecimento sobre video games das pessoas que, infelizmente, têm o poder de proibi-los.

Por que estou dizendo isso? Simples, vejam essa explicação do Procon de Goiás, que diz que Counter Strike "reproduz a guerra entre bandidos e policiais e impressiona pelo realismo. No vídeo-game, traficantes do Rio de Janeiro seqüestram e levam para um morro três representantes da Organização das Nações Unidas. A polícia invade o local e é recebida a tiros".

Entenderam o drama? OS CARAS DERAM UMA DECISÃO BASEADOS EM UM MOD! Esse mapa da guerra na favela é uma modificação do Counter Strike, que nada tem a ver com o jogo original. E sinto muito Procon, mas, se você não sabe a diferença entre uma modificação e um jogo oficial, deveria pesquisar mais antes de dar uma opinião.

Felizmente, em junho de 2009 o Tribunal Regional Federal da 1ª Região proferiu uma decisão que permitiu que Counter Strike voltasse às prateleiras. Então hoje em dia já pode jogar, pessoal!



Além desses games, há outros que geraram muita polêmica e que até dizem terem sido proibidos, mas eu não consegui encontrar nenhuma informação realmente confiável sobre essa proibição. Me parece que a maior parte deles simplesmente recebeu uma classificação etária para maiores de 18 anos. Entre esses games estão Mortal Kombat, Manhunt, Rule of Rose e Postal. Caso eu esteja enganado, favor me darem um toque nos comentários.

terça-feira, 27 de março de 2012

The Legend of Zelda: A Link to the Past - RESENHA DE JOGO ANTIGO

Gênero: RPG
Desenvolvedor: Nintendo
Plataformas: Super Nintendo, Game Boy Advance e Virtual Console
Lançamento: Novembro de 1991
Onde comprar: Virtual Console


De longe uma das maiores franquias da Nintendo, provavelmente perdendo apenas para a do Mário, é a série "The Legend of Zelda", que trouxe aos jogadores o mundo de Hyrule, com sua própria história, línguas e povos, junto com personagens carismáticos (com nomes frequentemente trocados) e um gameplay intuitivo, com elementos que se tornaram clássicos, aos quais é feita referência em diversos jogos até hoje.

Sua estréia foi em 1986, com o jogo também chamado "The Legend of Zelda", que teve sua sequência logo depois, em "Zelda II - the Adventures of Link", de 1987. Mas, aqui, falaremos do terceiro jogo, aquele que estabeleceu essa como uma das maiores séries da Nintendo: THE LEGEND OF ZELDA - A LINK TO THE PAST!

As batalhas contra os chefes sempre são extremamente divertidas,
mesmo as que não são tão difíceis
Vou ser sincero aqui. Eu pretendia jogar esse game só um pouco, o bastante para tirar as fotos pra matéria, uma vez que já o zerei antes. Mas, quando fui ver, já estava quase na metade, com mais de 5 horas de jogo. Há anos que este está entre meus jogos preferidos, mas até eu me surpreendi com o poder de imersão que ele tem, mesmo após tanto tempo.

A história se passa antes dos acontecimentos dos dois jogos anteriores, sendo uma "prequência" a eles. Você é Link, o carinha de capuz verde, e começa o jogo vivendo em paz com seu tio no reino de Hyrule. No entanto, um dia ambos ouvem um chamado da própria princesa de reino, Zelda, que diz estar em perigo. O tio de Link morre ao tentar salvá-la, deixando essa missão para seu sobrinho, que tem sucesso, ao menos temporariamente.

Regra nº 1 do super vilão: tenha um capacho indicando onde fica
seu esconderijo
Após conseguir levar Zelda para um abrigo provisório, você fica sabendo que o feiticeiro Agahnim está sequestrando donzelas na tentativa de realizar um ritual para abrir os selos mágicos que mantém o poderoso mago Ganon (o vilão de praticamente todos os jogos da série) preso no Dark World. E a única que falta é a princesa. Agora, a fim de derrotar esse inimigo e impedir a abertura da passagem entre o mundo da luz e o das sombras, você deve conseguir a Master Sword, uma espada que só pode ser usada pelo guerreiro escolhido, e usá-la na luta contra o mal.

A fórmula do jogo foi reaproveitada e aperfeiçoada muitas vezes depois. Com seu objetivo em mente, você deve explorar o reino de Hyrule, adentrar diversas dungeons, enfrentar os mais variados inimigos, encontrar diferentes itens, procurar em todos os lugares por segredos que lhe ajudem em sua jornada.

Na verdade, o que eu mais gosto nesse game é justamente a exploração. Praticamente em todos os lugares em que você for há algo pra descobrir. Então, se andar por todos os cantos, encontrará várias passagens secretas, itens escondidos, personagens novos, que lhe revelarão mais da história.

Um mapa muito grande, com segredos espalhados por todos os cantos
E não apenas isso: conforme sua aventura for se desenrolando, você se deparará com novos itens, capazes de abrir passagens e de te levar a locais antes completamente inacessíveis. Uma luva de força te ajudará a levantar objetos que antes eram pesados demais. Bombas novas lhe permitirão destruir obstáculos lhe impediam de continuar. Então, a cada novo item será necessário explorar tudo novamente, vendo quantas novas possibilidades se abriram.

Mais pra frente em sua jornada, você encontrará um espelho, capaz de lhe transportar entre o mundo normal e o Dark World. Então, tudo que você podia explorar agora foi duplicado, de uma maneira maligna e distorcida. Além de viajar por ambos os mundos, também será necessário se aproveitar da combinação deles para alcançar lugares que antes eram inacessíveis, mesmo com todos os seus itens.

Comparação entre o mundo real e o Dark World.
Espera, por que o Link virou um coelho?
Os puzzles, ou quebra-cabeças, sempre foram uma marca registrada de The Legend of Zelda e, neste capítulo, não é diferente. Há muitos tipos de enigmas a serem resolvidos, dentro e fora das dungeons, todos eles divertidos e desafiadores, sem se tornarem difíceis a ponto de desmotivarem o jogador. Pelo contrário, seja matando todos os inimigos de uma sala para abrir a porta, ou fazendo a combinação correta de switches para abrir uma passagem, cada puzzle lhe deixará com mais vontade de saber o que vem em seguida.

Os chefes, que se encontram ao final de cada dungeon, também chamam a atenção. Alguns deles são surpreendentes, outros apenas versões mais poderosas de inimigos normais, mas todos requerem o uso de estratégia e habilidade para derrotar. Não se surpreenda se acabar vencendo quase todos eles enquanto ouve o som de alerta de quando está com pouca vida, às vezes demora para entender o padrão dos golpes e bolar um contra-ataque apropriado.

Os puzzles nunca são muito fáceis nem difíceis, mas requerem raciocínio
Os gráficos, para a época, são muito bem feitos e trabalhados. É possível ver que tanto os personagens e monstros quanto os cenários foram feitos com muito cuidado. Especialmente interessante é perceber o contraste entre as cores vivas e alegres de Hyrule com os tons mais escuros e sombrios do Dark World, que te fazem perceber, mesmo se nada for dito, que aquele lugar é maligno.

A trilha sonora é impecável. A música tema, feita para o Super Nintendo, é praticamente a mesma que eu ouço atualmente, tocada por uma sinfonia. Os efeitos sonoros são bastante característicos e já se tornaram marcas registradas da franquia, vindo até mesmo a ser feita uma referência a eles em jogos como "Super Mario 3D Land", para 3DS.

Link: desde 1986 invadindo casas e destruindo propriedade alheia
Esse é um dos jogos que formam a minha opinião de que os games de antigamente não deixavam nada a desejar comparados aos atuais. Minha imersão nele é mais forte do que em muitos jogos de PS3 lançados há menos de um ano. Tudo em A Link to the Past foi cuidadosamente planejado e calculado de maneira a criar a melhor experiência de jogo possível, com uma fórmula que provavelmente nunca deixará de funcionar. 

Por fim, eu gosto de lembrar que Hyrule (assim como Azeroth, Albion e a Terra-Média),  é um daqueles mundos aos quais estamos constantemente voltando, seja no futuro ou no passado, conhecendo os povos que lá vivem, sua história e seus heróis. Então, cada um dos The Legend of Zelda sempre traz a sensação de estar reencontrando velhos amigos.

segunda-feira, 26 de março de 2012

World of Darkness MMO - TRAILER


O World of Darkness é um cenário de RPG criado pela White Wolf, em 1991, o qual serve de base para diversos de seus sistemas, como Vampiro: a Máscara, Mago: a Ascenção e Lobisomem. Qualquer jogador de RPG em algum momento já andou por suas ruas à noite, em silêncio, procurando uma presa, caçando um inimigo ou fazendo alianças secretas, na tentativa de tomar o poder.

A popularidade desse cenário levou à criação de alguns jogos de video game, especialmente focados no sistema de Vampiro: a Máscara, que foram alvo de elogios por parte de alguns e críticas por parte de outros.

Agora, a White Wolf, que se fundiu com a desenvolvedora CCP,  mostra que estava falando sério ao anunciar, em novembro de 2006, o MMORPG de WORLD OF DARKNESS!

Esse vídeo foi gravado durante a EVE Online Fanfest 2012 (outro game da CCP), que aconteceu entre os dias 22 e 24 de março, em Reykjavik, na Islândia. Se trata apenas de uma filmagem ingame de alguns cenários do jogo.
 
Mas peraí, tantos anos depois, e só o que tem é isso aí? Pois é, parece que as coisas andam "meio" lentas, mas ao menos esse vídeo mostra que as coisas ainda estão andando, mesmo que seja devagar.

Eu vejo pontos bons e ruins nesse vídeo. Em primeiro lugar, gostei bastante da ambientação. Os cenários escuros, iluminados apenas parcialmente pelos postes e luzes dos estabelecimentos são exatamente como eu imagino quando estou jogando. De acordo com notícias, será noite nesse mundo durante todo o tempo, o que significa que sempre teremos esse ambiente sombrio. Ponto para a CCP.

Mas, por outro lado, os gráficos estão me parecendo um pouco datados demais. Tudo bem que em MMORPGs eles têm que ser mais simples, como no World of Warcraft, senão metade dos computadores sairia dançando ula-ula, mas não pode exagerar. Demorando tanto até o lançamento, pode até ser que a produção saia impecável, mas é necessário lembrar que os jogos em 2012 são diferentes daqueles de 2006, que os desenvolvedores tinham em mente quando começaram. Se o projeto não evoluir com o tempo, o que teremos será um jogo já ultrapassado, como aconteceu com Duke Nukem Forever.

Felizmente, eu praticamente não ligo para gráficos e continuo muito ansioso por esse lançamento!

Agora, mais alguns detalhes que já sabemos sobre o jogo:

A base dele será o primeiro World of Darkness, que foi encerrado oficialmente em 2004. É uma ótima jogada da White Wolf, porque esse cenário era muito mais popular e interessante do que o atual. Os clãs também serão os mesmos do WoD original, mas ainda não ficou claro se os da 1ª, 2ª ou 3ª edição. De qualquer maneira, os Caitiffs não estarão presentes, ao menos no início.

As cidades terão os mesmos nomes daquelas do mundo real, apesar de não serem iguais, e os jogadores poderão realmente lutar pelo poder nelas, chegando até mesmo a virarem príncipes. Aliás, o relacionamento entre jogadores será a base desse jogo e responsável pela evolução da história.

O PvP estará presente, mas será possível chegar ao seu objetivo sem ele, apenas se utilizando de estratégia e política. Isso pode parecer chato, mas é uma das partes que mais me deixou ansioso. Sempre achei mais divertidas as aventuras de RPG que tinham menos combates.

Haverá conteúdo adulto, como violência e nudez, mas os desenvolvedores garantem que terá um motivo para a aparição deles, não só pelo prazer de ver sangue e pornografia.

Os lobisomens e magos não farão parte do jogo inicialmente, mas talvez sejam incluídos depois, mesmo que apenas como NPCs.

Por fim, a Humanidade fará parte do jogo e mudará de acordo com suas ações. Ela decidirá boa parte de seu relacionamento com os outros personagens e se for muito baixa poderá até mesmo se tornar alvo deles. Ah, e dependendo das circunstâncias será possível experimentar a Morte Final.

Se tudo isso se confirmar e for implementado da maneira correta, eu certamente jogarei muito World of Darkness. Independente dos gráficos, se a mecânica for boa, terá tudo para ficar à altura de WoW e Star Wars: The Old Republic. Só espero que seja lançado logo, porque a cada ano que passa dá mais impressão de que o projeto pode ser abandonado.

domingo, 25 de março de 2012

Street Figther VS Tekken Fight!!!!!

Duas das mais famosas e consagradas séries de game de luta se uniram para decidir na pancadaria quem pode mais.
Street Fighter X Tekken entrou no mercado brasileiro no dia 19 de março e já está disponível nas versões Regular e Especial, para PlayStation 3 e Xbox 360. O jogo apresenta novas mecânicas, além do mesmo motor gráfico de Street Fighter IV com melhorias visuais.
Uma das curiosidades do título de luta da Capcom e Nanco Bandai é o sistema de gemas, que permite a combinação de diferentes habilidades que fazem a diferença durante as lutas, de maneira a tornar os combates mais estratégicos.

O jogo inova em alguns pontos e se mostra um jogo que desafia os veteranos jogos de luta, mas que também é garantia de diversão para os fãs do gênero.



Uma novidade é uma espécie de golpe especial chamado “Pandora”. Com ele, um jogador pode sacrificar um de seus lutadores para que o outro ganhe um impulso extra temporário (ficando mais poderoso) para entrar na luta e acabar logo com o combate. A edição especial de Street Fighter X Tekken possui um conteúdo diferenciado e itens exclusivos:
. 36 Gemas (conteúdo in-game) para customizar o estilo de luta de acordo com os atributos preferidos: Ataque, Defesa, Velocidade, etc;
. Comic book oficial desenhada pelo estúdio de quadrinhos UDON;
. Cofrinho em formato de fliperama que requer montagem.
No futuro alguns personagens iam ser vendidos futuramente, mas alguns hackers descobriram que os personagens extras do jogo já se encontravam no disco e desbloquearam o conteúdo. Agora, os lutadores estão sendo usados em disputas online no Xbox 360, Os personagens extras em questão são Blanka, Sakura, Guy, Cody, Elena, Dudley, Alisa, Bryan Christie, Jack, Lars e Lei. Eles seriam exclusivos da versão do jogo para PlayStation Vita e apenas no final do ano seriam vendidos por DLC.
O preço do jogo varia de R$ 179(regular) a R$ 299 (especial), ambas as versões possuem caixa e manual em português.


[Imagem retirada de: www.hausofdiamonds.blogspot.com.br e vídeo do youtube]

quinta-feira, 22 de março de 2012

Angry Birds Space - RESENHA


Gênero: Casual
Desenvolvedor: Rovio
Plataformas: iOS, Android, Mac e PC
Lançamento: Março de 2012
Nota: 9,0 de 10,0
Onde comprar: Appstore, Android Market

*as imagens usadas nessa matéria foram tiradas de outros sites. Para saber quais, basta clicar na imagem que quer ver*



Eu sempre me considerei um jogador hardcore. Desde que me lembro, sou muito fã de jogos complexos, longos, bastante difíceis e com muitos segredos para descobrir. Eu já perdi a conta de quantas horas seguidas e de quantas noites já passei jogando alucinadamente, enquanto as outras pessoas da minha idade brincavam e se divertiam lá fora. Coitadas delas, não sabem o que perderam.

Mas, recentemente, com a disseminação dos jogos para mobiles, que trouxeram, entre eles, games como Plants vs. Zombies, Fruit Ninja ou Doodle Jump, eu comecei a ver que jogos casuais também podem ser muito divertidos, alguns até desafiadores, dependendo de como você joga.

Entre esses jogos casuais estava o Angry Birds, lançado pela Rovio em dezembro de 2009, trazendo uma jogabilidade simples e divertida, muito bem executada. A idéia não era tão original, mas a maneira como foi feito, bem como o carisma dos personagens, conseguiu em pouco tempo uma legião de fãs das mais variadas espécies, desde jogadores hardcore até aqueles que só haviam jogado o jogo da cobrinha no celular.

E hoje estou aqui para falar do primeiro jogo casual que realmente me fez esperar pela data do seu lançamento, baixando e detonando metade dele poucas horas após ser disponibilizado: ANGRY BIRDS SPACE!



A história continua a mesma dos três jogos anteriores: porcos roubaram os ovos dos pássaros, que agora buscam  desesperadamente recuperá-los. Para isso eles, usando um estilingue gigante, se jogam em direção às barreiras e proteções erguidas pelos porcos, na tentativa de derrotá-los. Qual a diferença desta vez? É que o jogo não se passa na Terra, mas sim no espaço! Sim, os ovos foram roubados por porcos espaciais e apenas seus pássaros do espaço podem detê-los!

Que diferença isso traz na jogabilidade? Simples: os porcos geralmente ficarão em pequenos planetas espalhados pelo cenário. Em torno deles há uma espécie de campo de força, que indica onde fica sua atmosfera. Se um objeto, ou pássaro, entrar nessa área, a gravidade passa a agir sobre ele, alterando totalmente sua trajetória, podendo fazer até mesmo com que caia em direção ao planetóide, ou entre em sua órbita.

Mas, enquanto o objeto estiver fora dessa área demarcada em volta dos planetas, ele estará no vácuo do espaço. Isso significa que nenhuma força, nem mesmo a gravidade, agirá sobre ele. Se ele estiver em movimento, vai continuar assim até sair do cenário ou até bater em algum obstáculo. Ah sim, muitos porcos estarão no vácuo, envoltos por bolhas, então boa sorte descobrindo a melhor maneira de acabar com todos eles sem gravidade.

Por cima de um, por baixo de outro e acerte em cheio o porco que tava escondido

Grande parte da jogabilidade se baseia em combinações das áreas com e sem gravidade, ou mesmo de várias áreas com forças atrativas que puxam para lados diferentes. Por vezes, você terá que jogar o pássaro em um ângulo que faça com que ele entre em órbita em torno do planeta, dando a volta nele e acertando o porco do outro lado, em um lugar que seria impossível acertar diretamente. Ou até precisará arremessar o bichinho de maneira que a gravidade combinada de vários planetas o jogue de um lado para o outro, até atingir o alvo.

Não é exatamente um conceito novo, deve haver um punhado de jogos que se baseiam em forças gravitacionais no Kongregate, mas novamente a Rovio aperfeiçoou o conceito e o adaptou à sua franquia de forma que realmente ele se parece como uma versão mais avançada e complexa do Angry Birds original.

Sair de um local com gravidade pra acertar um porco no meio do espaço
pode requerer algumas tentativas

Quanto aos pássaros, estão quase todos aí de volta, com um novo visual, para parecerem mais espaciais, mas todos reconhecíveis de jogos anteriores. Alguns, em especial o pássaro amarelo, cuja habilidade é o dash, foram reformulados para se adaptar a esse estilo de jogo. Então, ao invés de usar sua habilidade sempre na direção em que está indo, como nos primeiros games, ele irá na direção em que o jogador tocar na tela. Isso adiciona e muito à estratégia de um jogo que originalmente era só sobre jogar pássaros de qualquer jeito e torcer pra dar certo.

Também temos um novo pássaro: o Ice Bird. Ele não é forte, não destrói nada, mas faz algo tão bom quanto: ele congela tudo à sua volta quando explode, deixando qualquer objeto extremamente frágil ao golpe do pássaro seguinte. Sabe aquela parede de blocos de pedra que antigamente era quase indestrutível? Aproveite enquanto a vê sendo destruída como se fosse feita de isopor.


Quanto à dificuldade, não sei se é por já ter jogado outros jogos no estilo antes, mas achei muito baixa. Não levei nem uma hora para acabar todo o primeiro cenário, sempre com 2 ou 3 estrelas em cada fase. Desta vez, foi adicionado uma espécie de marcador que indica qual a trajetória que o pássaro fará dependendo da direção em que o jogador mire, o que facilita demais.

Mas, pensando por outro lado, o conceito das diversas forças gravitacionais é complexo e novo para muitas pessoas e, sendo um jogo casual, se tornou necessário adicionar esse elemento que deixa mais fácil para quem não está acostumado. É pena, espero que em atualizações futuras sejam adicionadas fases mais desafiadoras.

É só explodir os destroços espaciais e pronto, você terá bacon espacial

Os gráficos estão levemente melhorados, alguns efeitos de luz e dos poderes dos pássaros foram adicionados e trouxeram um efeito legal, mas nada demais. Obviamente, isso não tira nem 0,1 da nota do jogo, pois justamente o que se espera dele é mais concentração na jogabilidade e menos nos gráficos. Ele precisa ter uma aparência simples para se manter leve.

Os sons também continuam engraçados, são diferentes daqueles do jogo original, mas continua muito engraçado ouvir o barulho que fazem ao serem arremessados. Tenho que me segurar pra não parecer um maluco imitando pássaros suicidas no metrô. A música continua muito bem feita, mantendo a tradição, e é incrível como conseguem fazer um trabalho tão bom e ao mesmo tempo tão simples.

Com vários campos gravitacionais juntos, fica muito mais difícil
calcular a trajetória do pásssaro

A única coisa que realmente me incomodou nesse jogo está ligado à física dele. Apesar de vários objetos se localizarem no vácuo, onde não deveria haver qualquer atrito ou força contrária, dá para ver claramente que, quando um objeto está flutuando no espaço, ele vai lentamente perdendo velocidade, até parar. Isso é especialmente frustrante quando você está esperando um destroço sair da sua frente, ou um meteoro entrar na atmosfera de um planeta, e eles empacam um milímetro antes de estarem onde você queria. Poxa, Rovio, custava colocar os bichos pra não perderem velocidade no espaço?

Yellow bird evoluiu para lazer bird e ficou muito mais divertido

No final das contas, eu gostei muito de Angry Birds Space. Tem o elemento mais complexo, que eu gosto, que é a influencia de várias forças sobre a trajetória do seu pássaro, ou até de força nenhuma, o que faz com que seja necessária muito mais estratégia do que nos jogos anteriores. E, para não desagradar o público casual, foi adicionado o marcador de trajetória, que os ajudará a lidar com os elementos novos.

Também, o novo pássaro entrou naturalmente, sem parecer forçado, e adicionou mais possibilidades a um jogo que já é variado. Certamente, é um game à altura da franquia, sendo muito bom para quando você estiver fora de casa, seja na fila do banco ou no metrô lotado, podendo usar só uma das mãos. Estou na espera pelo lançamento das fases extras em breve.

The Elder Scrolls V: Skyrim - RESENHA

Gênero: RPG
Desenvolvedor: Bethesda
Plataformas: XBox 360, PC e PS3
Lançamento: Novembro de 2011
Nota: 9,0 de 10,0
Onde comprar: Steam - http://store.steampowered.com/app/72850/ , Nuuvem - http://www.nuuvem.com.br/produto/373-the-elder-scrolls-v-skyrim


De vez em quando, nos deparamos com uma série de jogos que não apenas é divertida, mas também traz ao jogador um mundo totalmente novo, um mundo vivo, uma mitologia completa. E esse mundo, por vezes, é tão interessante que queremos saber cada vez mais sobre ele, sobre sua história, sua geografia, sobre as pessoas que lá vivem. O que me dizem do mundo de Hyrule, da série The Legend of Zelda? Ou Azeroth, da série Warcraft? Ou até Rapture, do Bioshock?

Bom, esta é mais uma dessas séries, que lhe trará um universo totalmente novo, complexo e profundo, que poderá lhe render centenas de horas de diversão, conforme tenta descobrir tudo que há para se saber sobre ele e sobre os acontecimentos à sua volta. Hoje, falaremos de THE ELDER SCROLLS V: SKYRIM!

Você levou uma flecha no joelho?
Puxa, que coincidência...

O início desse jogo épico já te prepara para aquilo que encontrará pela frente nas próximas 100 horas. Você começa em uma carroça, sendo levado em direção ao local onde será decapitado, por ter sido confundido com um dos Stormcloacks, um grupo rebelde responsável por matar o rei de Skyrim. Mas, no momento em que o carrasco levanta o machado para separar sua cabeça do resto do corpo, algo o interrompe: pela primeira vez, em centenas de anos, surge um dragão gigantesco, que começa a atacar a cidade e destruir tudo à sua volta.

Isso mesmo, você está no nível 1, com suas mãos amarradas, e tem que se virar como puder pra fugir de um dragão cuspidor de fogo que está transformando todos os soldados à sua volta em petisco. Moleza, não? E não é só isso, pois, após fugir, você fica encarregado de avisar a todos que, após tanto tempo, os dragões estavam de volta. Isso quer dizer que encontrará mais deles em breve.

Alguém avisa pra Bethesda que no nível 1 não é um bom momento pra
encontrar um dragão?

Eventualmente, essa jornada te leva a descobrir uma verdade sobre si mesmo: Você é um Dragonborn, ou, na linguagem dos dragões, um Dohvakiin, o único ser humano que tem sangue de dragão. Isso, além de lhe conferir poderes especiais, permite que absorva as almas dos dragões que matar. E acredite... você matará vários.

Mas e agora? O que significa ser o Dragonborn? Qual é seu destino? Será que você nasceu devido à volta dos dragões, ou eles voltaram por sua causa? Cabe a você descobrir.

As possibilidades de criação dos personagens são inúmeras

Esse é só um resumo minúsculo do que é a trama por trás desse jogo, que certamente lhe deixará grudado na tela durante horas e horas sem parar. Mas ela se desenrola para muito além, não apenas por aquilo que acontece em torno do seu personagem, mas pelas suas próprias ações, também. Para ter uma idéia, após a morte do rei está ocorrendo uma guerra civil em Skyrim. E você, sendo o Dragonborn, pode alterar o destino dessa guerra sozinho.

Essa é a característica mais marcante da série The Elder Scrolls e não poderia deixar de ser desta vez: a gigantesca liberdade que lhe é dada para fazer o que quiser nesse mundo que colocaram à sua disposição. Você não segue um roteiro determinado, pelo contrário, você decide se vai ou não lutar e, se decidir lutar, escolhe de que lado estará. Você pode ser um guerreiro honrado, um ladrão com boa lábia, ou um feiticeiro maligno.

Após um longo dia matando Trolls, nada como relaxar na taverna,
ouvindo os bardos cantarem sobre você

Cada escolha sua muda o mundo à sua volta e a atitude dos NPCs em relação ao seu personagem, podendo se tornar o herói de uma cidade ou um assassino procurado com a mesma facilidade. Isso quer dizer que você pode jogar o game inteiro várias vezes e nenhuma delas ser como a anterior.

Essa sensação de variedade é aumentada mais ainda pelo tamanho do mundo. Na verdade, Skyrim nada mais é do que uma província do continente de Tamriel, mas é um lugar enorme, com todo tipo de terreno que se possa imaginar, desde florestas verdejantes e cheias de animais até montanhas em que neva incessantemente. Sempre há mais um lugar pra ir, mais uma caverna para explorar, mais um segredo para achar.

A sensação de grandiosidade está presente o tempo todo

E, por falar em segredos, as suas descobertas não se limitam a explorar o mapa e conhecer as pessoas que lá vivem. Esse mundo tem uma história extremamente profunda e complexa, que remonta a séculos antes do momento em que você está, que, aliás, é duzentos anos após os acontecimentos do game anterior, Oblivion. Os jogos anteriores são mencionados em vários momentos e isso lhe dará vontade de jogá-los também, para vivenciar também aquelas aventuras.

Os combates em Skyrim são muito variados, pois você não é obrigado a escolher uma só classe. Então, é possível usar uma espada em uma mão e magia na outra, ou atirar com um arco em um inimigo distante e mudar para uma espada de duas mãos quando ele encostar em você. A armadura que usa também influencia, pois armaduras mais pesadas, apesar de lhe protegerem mais, lhe deixarão mais lento, barulhento e suscetível a ataques. É possível fcar horas apenas tentando descobrir qual estratégia de luta combina mais com você.

Os finishing moves introduzem um elemento muito bem-vindo nas lutas

Como outro meio de não deixar o combate repetitivo, a Bethesda incluiu vários finishing moves, que são animações curtas que acontecem quando seu personagem dá o último golpe em determinados inimigos e o mostram encerrando a luta de maneira espetacular. Essas animações são tão apreciadas pelos jogadores que a Bethesda recentemente até lançou um patch adicionando mais deles, inclusive para quando o inimigo for morto com armas à distância.

Por falar em combate, temos que falar também dos monstros. Há uma enorme variedade deles, desde caranguejos minúsculos até... bom, até dragões. Além deles, há lobos, tigres dentes-de-sabre, trolls, vampiros, lobisomens, gigantes, mamutes e toda sorte de criaturas prontinhas pra te estraçalhar. Conforme você passa de nível, elas ficam mais fortes também, em graus diferentes, para evitar que chegue um momento em que você possa passar por cima de todas como um trator. Isso é muito bom, considerando que o jogo não é realmente difícil nem mesmo jogando no modo Master.

Se encontrar os gigantes pastores de mamutes....
afaste-se lentamente e vá embora

Mas, sendo o Dohvakiin, você não ganha nenhuma vantagem ao enfrentar esses bichos feios? Sim, ganha! E essa vantagem são os Shouts! E do que eles se tratam? Shout é o poder de, ao gritar palavras na língua dos dragões, ativar as mais diversas habilidades, através da combinação certa de palavras. O Shout mais comum, Fus Ro Dah, faz com que os adversários fiquem tontos e voem longe, te dando a chance de acabar com eles. Mas outros lhe permitem correr mais rápido, soltar fogo pela boca, acalmar os animais e diversas outras coisas.

Geralmente, uma pessoa leva décadas para aprender um Shout simples, mas você, sendo o Dragonborn, pode aprender uma palavra apenas lendo as escrituras mágicas em draconiano e matando dragões para absorver suas almas. É isso, principalmente, que te diferencia das pessoas normais e que pode lhe tornar o maior guerreiro de Skyrim.

Seus Shouts são tão poderosos que mesmo os
inimigos mais fortes são afetados

O sistema usado para aprimorar as habilidades do seu personagem é muito simples e, ao mesmo tempo, muito divertido: você vai ficando melhor em determinada habilidade conforme a usa. Se bater muito com espadas de duas mãos, vai ficar melhor em lutar com espadas de duas mãos. Se bloquear muito, ficará melhor no uso de escudos. Se negociar muito, com o tempo conseguirá comprar itens mais baratos e vendê-los mais caros. E por aí vai.

Isso incentiva o jogador a realmente usar todas as opções que tem, ao invés de treinar só uma e usar os pontos de experiência obtidos para melhorar outra. Também, quando você aumentar um determinado número de níveis de habilidade, passará um nível de personagem, o que lhe possibilitará escolher um Perk. Perks são habilidades especiais que só podem ser obtidas passando de nível de personagem e só um ponto a cada nível. Essa é a hora em que você realmente opta pelo tipo de aventureiro que quer criar.

O som nesse jogo mereceria uma matéria só sobre ele. Primeiramente, a dublagem não deixa a desejar e basicamente todas as falas do jogo são dubladas, o que contribui e muito para a imersão do jogador nesse mundo. E quanto às músicas... só ouvindo para entender. Não há como descrever a sensação de estar no topo de uma torre em chamas, com seu arco, enfrentando um dragão, enquanto ouve uma música tocada com tambores e cantada na língua dos dragões em homenagem ao Dragonborn, que, aliás, é você.

As batalhas contra dragões sempre são épicas

Sem dúvida, a trilha sonora recebeu um tratamento muito especial por parte da Bethesda, que fez um trabalho excepcional. São diversas músicas que se pode ouvir durante o jogo, todas elas muito bem trabalhadas, de forma que você provavelmente vai querer deixá-la quase tão alta quanto os sons das vozes, para não perder nada. Eu nunca começo o jogo rapidamente, sempre espero primeiro tocar toda a música tema na tela de título.

Os gráficos, por sua vez, têm altos e baixos. Os cenários, o mundo, os locais, tudo isso foi feito com muito carinho e cuidado. Já estive no meio de rios que pareciam de verdade, em cavernas realmente claustrofóbicas e no meio de nevascas que me fizeram até sentir frio de verdade. Nada ficou de fora, muitas vezes nos deparamos com detalhes minúsculos, que nem sequer reparamos em sua ausência em outros jogos, mas que, quando olhamos para eles, vemos que contribuem em muito para criar um mundo vivo e verdadeiro. Nada como olhar para cima à noite e ver constelações e até mesmo uma aurora boreal, em volta de uma Lua gigante em que é possível ver até mesmo suas crateras.

Acho que esse é o céu mais bonito que já vi em um jogo

Mas, por outro lado, os gráficos dos personagens em si deixa muito a desejar. Não é um negócio horrível como nos jogos Fallout 3 e Fallout New Vegas, mas os personagens são muito feios mesmo. Isso me leva, de certo modo, a pensar em Tolkien, que praticamente não desenvolvia seus personagens, porque eles não eram o foco. O importante é o mundo, é aquela mitologia que ele criou. Os personagens nada mais são do que meios de te apresentar esse universo. E, no caso de Skyrim, o próprio espaço usado para se criar o cenário pode ter impossibilitado a criação de melhores gráficos pras pessoas que lá vivem. Não podemos esquecer que, por melhor que o PS3 seja, ainda tem limites.

Mesmo assim, Bethesda, no próximo jogo, que certamente virá na geração seguinte, seria legal dar uma caprichada melhor nos personagens. Colocar para as pegadas aparecerem na neve seria maneiro, também, e eu não engulo esse negócio dos objetos aparecerem na mão dos NPCs do nada na hora em que vão usar. Se uma velhinha diz que vai varrer o chão, eu gostaria de vê-la pegando a vassoura em um canto, ao invés de fazendo com que aparecesse em sua mão, no melhor estilo David Copperfield.

Lydia, você é muito legal, mas é feia que dói

Já que estamos falando dos problemas, agora, vamos a um dos maiores deles: os bugs. Eles existem. E são muitos. Você está lá, enfrentando um inimigo muito mais forte que você, só contando com sua agilidade e estratégia, quando, de repente, você fica preso no lugar, do jeito certinho pro bandido te encher de pancadas. Ou você está lá ouvindo o discurso da capitã da guarda logo antes de sair para matar um dragão, quando uma menininha passa do seu lado falando uma frase genérica, que faz com que a voz e a legenda da fala da capitã não apareçam e te quebra totalmente a imersão.

Sei que é difícil fazer um jogo tão épico e gigantesco sem bugs, mas eles são um problema constante. Felizmente, já estão sendo lançados patches consertando boa parte deles. Daqui a uns meses, meu maior inimigo voltará a ser o Alduin, não o balde no canto da sala que me faz ficar paralisado na cara do adversário.

Boa parte da mitologia do jogo é aprendida lendo os diversos
livros que encontrará em suas aventuras

Tendo e vista tudo isso, eu diria que Skyrim é um jogo recomendado para jogadores hardcore, que realmente gostam de sentar na frente de um game e jogá-lo por muito tempo, a fim de descobrir todas as opções que ele oferece. Mesmo se o jogador seguir só pela história principal, ainda terá pela frente uma aventura longa, com uma história complexa, que exigirá dezenas de horas de dedicação. Se for tentar descobrir todos os segredos, então, isso pode levar centenas de horas.

Certamente, alguém que chegue ao final do game pensará: "Mas e se tivesse ficado do lado dos Imperiais? E se eu me juntasse aos Stormcloacks? E quanto aos Companions?" Aí, se quiser descobrir, o melhor jeito é colocar novamente seu capacete com chifres, pegar sua espada e seu escudo, subir em seu cavalo e entrar mais uma vez no mundo de THE ELDER SCROLLS V: SKYRIM, pronto para ver que outras opções ele tem para lhe oferecer!