terça-feira, 27 de março de 2012

The Legend of Zelda: A Link to the Past - RESENHA DE JOGO ANTIGO

Gênero: RPG
Desenvolvedor: Nintendo
Plataformas: Super Nintendo, Game Boy Advance e Virtual Console
Lançamento: Novembro de 1991
Onde comprar: Virtual Console


De longe uma das maiores franquias da Nintendo, provavelmente perdendo apenas para a do Mário, é a série "The Legend of Zelda", que trouxe aos jogadores o mundo de Hyrule, com sua própria história, línguas e povos, junto com personagens carismáticos (com nomes frequentemente trocados) e um gameplay intuitivo, com elementos que se tornaram clássicos, aos quais é feita referência em diversos jogos até hoje.

Sua estréia foi em 1986, com o jogo também chamado "The Legend of Zelda", que teve sua sequência logo depois, em "Zelda II - the Adventures of Link", de 1987. Mas, aqui, falaremos do terceiro jogo, aquele que estabeleceu essa como uma das maiores séries da Nintendo: THE LEGEND OF ZELDA - A LINK TO THE PAST!

As batalhas contra os chefes sempre são extremamente divertidas,
mesmo as que não são tão difíceis
Vou ser sincero aqui. Eu pretendia jogar esse game só um pouco, o bastante para tirar as fotos pra matéria, uma vez que já o zerei antes. Mas, quando fui ver, já estava quase na metade, com mais de 5 horas de jogo. Há anos que este está entre meus jogos preferidos, mas até eu me surpreendi com o poder de imersão que ele tem, mesmo após tanto tempo.

A história se passa antes dos acontecimentos dos dois jogos anteriores, sendo uma "prequência" a eles. Você é Link, o carinha de capuz verde, e começa o jogo vivendo em paz com seu tio no reino de Hyrule. No entanto, um dia ambos ouvem um chamado da própria princesa de reino, Zelda, que diz estar em perigo. O tio de Link morre ao tentar salvá-la, deixando essa missão para seu sobrinho, que tem sucesso, ao menos temporariamente.

Regra nº 1 do super vilão: tenha um capacho indicando onde fica
seu esconderijo
Após conseguir levar Zelda para um abrigo provisório, você fica sabendo que o feiticeiro Agahnim está sequestrando donzelas na tentativa de realizar um ritual para abrir os selos mágicos que mantém o poderoso mago Ganon (o vilão de praticamente todos os jogos da série) preso no Dark World. E a única que falta é a princesa. Agora, a fim de derrotar esse inimigo e impedir a abertura da passagem entre o mundo da luz e o das sombras, você deve conseguir a Master Sword, uma espada que só pode ser usada pelo guerreiro escolhido, e usá-la na luta contra o mal.

A fórmula do jogo foi reaproveitada e aperfeiçoada muitas vezes depois. Com seu objetivo em mente, você deve explorar o reino de Hyrule, adentrar diversas dungeons, enfrentar os mais variados inimigos, encontrar diferentes itens, procurar em todos os lugares por segredos que lhe ajudem em sua jornada.

Na verdade, o que eu mais gosto nesse game é justamente a exploração. Praticamente em todos os lugares em que você for há algo pra descobrir. Então, se andar por todos os cantos, encontrará várias passagens secretas, itens escondidos, personagens novos, que lhe revelarão mais da história.

Um mapa muito grande, com segredos espalhados por todos os cantos
E não apenas isso: conforme sua aventura for se desenrolando, você se deparará com novos itens, capazes de abrir passagens e de te levar a locais antes completamente inacessíveis. Uma luva de força te ajudará a levantar objetos que antes eram pesados demais. Bombas novas lhe permitirão destruir obstáculos lhe impediam de continuar. Então, a cada novo item será necessário explorar tudo novamente, vendo quantas novas possibilidades se abriram.

Mais pra frente em sua jornada, você encontrará um espelho, capaz de lhe transportar entre o mundo normal e o Dark World. Então, tudo que você podia explorar agora foi duplicado, de uma maneira maligna e distorcida. Além de viajar por ambos os mundos, também será necessário se aproveitar da combinação deles para alcançar lugares que antes eram inacessíveis, mesmo com todos os seus itens.

Comparação entre o mundo real e o Dark World.
Espera, por que o Link virou um coelho?
Os puzzles, ou quebra-cabeças, sempre foram uma marca registrada de The Legend of Zelda e, neste capítulo, não é diferente. Há muitos tipos de enigmas a serem resolvidos, dentro e fora das dungeons, todos eles divertidos e desafiadores, sem se tornarem difíceis a ponto de desmotivarem o jogador. Pelo contrário, seja matando todos os inimigos de uma sala para abrir a porta, ou fazendo a combinação correta de switches para abrir uma passagem, cada puzzle lhe deixará com mais vontade de saber o que vem em seguida.

Os chefes, que se encontram ao final de cada dungeon, também chamam a atenção. Alguns deles são surpreendentes, outros apenas versões mais poderosas de inimigos normais, mas todos requerem o uso de estratégia e habilidade para derrotar. Não se surpreenda se acabar vencendo quase todos eles enquanto ouve o som de alerta de quando está com pouca vida, às vezes demora para entender o padrão dos golpes e bolar um contra-ataque apropriado.

Os puzzles nunca são muito fáceis nem difíceis, mas requerem raciocínio
Os gráficos, para a época, são muito bem feitos e trabalhados. É possível ver que tanto os personagens e monstros quanto os cenários foram feitos com muito cuidado. Especialmente interessante é perceber o contraste entre as cores vivas e alegres de Hyrule com os tons mais escuros e sombrios do Dark World, que te fazem perceber, mesmo se nada for dito, que aquele lugar é maligno.

A trilha sonora é impecável. A música tema, feita para o Super Nintendo, é praticamente a mesma que eu ouço atualmente, tocada por uma sinfonia. Os efeitos sonoros são bastante característicos e já se tornaram marcas registradas da franquia, vindo até mesmo a ser feita uma referência a eles em jogos como "Super Mario 3D Land", para 3DS.

Link: desde 1986 invadindo casas e destruindo propriedade alheia
Esse é um dos jogos que formam a minha opinião de que os games de antigamente não deixavam nada a desejar comparados aos atuais. Minha imersão nele é mais forte do que em muitos jogos de PS3 lançados há menos de um ano. Tudo em A Link to the Past foi cuidadosamente planejado e calculado de maneira a criar a melhor experiência de jogo possível, com uma fórmula que provavelmente nunca deixará de funcionar. 

Por fim, eu gosto de lembrar que Hyrule (assim como Azeroth, Albion e a Terra-Média),  é um daqueles mundos aos quais estamos constantemente voltando, seja no futuro ou no passado, conhecendo os povos que lá vivem, sua história e seus heróis. Então, cada um dos The Legend of Zelda sempre traz a sensação de estar reencontrando velhos amigos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário