quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Mario Bros. - RESENHA DE JOGO CLÁSSICO

Gênero: Plataforma
Desenvolvedora: Nintendo
Plataformas: Arcade
Lançamento: 1983



Quero falar hoje sobre um dos mais populares, senão o mais popular, personagem de games de todos os tempos: Mario.

Criado em 1981, nosso italianinho preferido surgiu com o nome de Jumpman, o personagem jogável no game Donkey Kong, para o arcade, que tinha como objetivo salvar sua namorada Pauline, sequestrada pelo macacão que dá nome ao jogo.

Mas o público gostou tanto desse bigodudo nanico que, dois anos depois, foi lançado MARIO BROS., o primeiro de dezenas de jogos que se seguiriam, possuindo esse nome no título. Me pergunto se, quando o criaram, o pessoal da Nintendo imaginou a importância que esse personagem viria a ter.

Tartarugas, moedas, canos, bigodão, roupa vermelha... é, tá tudo aí
O que eu acho mais interessante neste jogo, desde a primeira vez que o experimentei, é ver a quantidade de elementos clássicos dos games do Mario que estavam presentes, mas todos eles de uma forma bastante rudimentar, vindo a ser aprimorados apenas nos jogos seguintes.

Quase tudo está lá, as tartarugas, os canos, as cabeçadas no teto, as moedas, o Luigi... aliás, o Luigi é um show à parte. Quem já o viu neste jogo, nem reclama tanto quando o chamam de "Mario Verde", porque é isso que ele era. Precisavam de um personagem pro player 2, então inventaram um nome italiano qualquer, botaram nele a cara do Mario, mudando só as cores, e tascaram assim mesmo. Tirando a palheta de cores, os irmãos são exatamente iguais, já que o Luigi só viria a ser descrito como mais alto e magro no Super Mario Bros 2 (americano).

Oi, eu sou o Mário Ver... digo, o Luigi
Quando você começa o jogo, o que vê são quatro canos, um em cada canto da tela, e algumas plataformas. Sair por um lado da tela te leva automaticamente pro outro, no mesmo estilo de Pac-Man, ou seja, não há mudança de cenário. Cada fase se passa em apenas uma tela, na qual aparecerão uma série de inimigos, que devem ser derrotados pelo bigodudo de vermelho (ou pelo de verde).

Cada inimigo deve ser derrotado de uma maneira que qualquer jogador de Mario tira de letra: deve-se dar uma cabeçada na plataforma em que o desinfeliz estiver. Nada de pular em cima, o Mario é alérgico a NPCs e morre com um só hit. Deve-se cabecear o monstro por baixo para que perca o equilíbrio e, em seguida, subir onde está e encostar nele, para que seja derrotado de vez. Mas atenção: se demorar muito, o bicho volta, e mais rápido do que antes.

Só eu que acho muita mancada um jogo em que você vira uma tartaruga
de cabeça pra baixo? Cadê o PETA em uma hora dessas?
O que muda entre as fases, basicamente, é a aparência das plataformas e os monstros que aparecem. Sequer o layout muda de uma fase pra outra, o que, na verdade, poderia ter sido mais bem elaborado. Mas não faz mal, isso não tira tanto o mérito do jogo, que continua sendo ao mesmo tempo simples e fantástico.

Quanto aos inimigos, existe uma quantidade razoavelmente variada deles, sejam tartarugas, carangueijos (que sempre vão me fazer pensar no senhor Sirigueijo), besouros e também uns foguinhos azuis, que congelam as plataformas se não forem mortos a tempo. Sem contar que, se sobrar apenas um inimigo na fase, ele mudará de cor e ficará muito mais rápido que os outros de sua espécie, alguns ficando mais rápidos  do que o Mario e, portanto, difíceis pra caramba de matar.

Se você demorar muito, começarão a aparecer, aleatoriamente, vários foguinhos, verdes e vermelhos. Sim, foguinhos, sabe aqueles que você pode soltar depois de pegar uma Flor e que tornam tudo muito mais fácil? Eles apareceram pela primeira vez neste jogo, como uma armadilha a mais a ser superada. E que armadilha sacana, porque eles podem simplesmente surgir exatamente onde você está, e aí, filhote, torça pra ter mais uma vida.

Ah, foguinhos... se vocês não tivessem me ajudado tanto no Super Mario Bros, eu estaria muito bravo
A cada certo número de fases, há uma fase bônus, sem inimigos, com dez moedas para serem coletadas em um limite de tempo. Jogando sozinho é um bom desafio, já que quase não se pode errar para ter sucesso. Mas, se estiver em dupla, as chances são grandes de um dos dois acabar pegando mais moedas que o outro, ganhando mais pontos e rolando uma briga enorme por causa disso (mas hey, grande parte da diversão de um jogo é avacalhar o parceiro).

Por falar nisso, cuidado ao jogar com um amigo. Os dois personagens não podem se atravessar e, se um pular na cabeça do outro, o que está embaixo vai ficar um tempo sem poder se mexer. E acreditem, é muito frustrante você estar fugindo de um monstro e acabar morrendo porque o idiota do seu parceiro resolveu vir no sentido contrário e ficar te empurrando porque está fugindo de outro bicho. Geralmente os dois morrem.

Sozinho é difícil pegar todas. Em dupla, é difícil resistir à tentaçãode pegar as do seu amigo só de sacanagem
O que eu estranhei bastante, mas não é necessariamente um demérito, é que esse jogo não tem fim. É isso mesmo, não tem Peach, não tem Pauline, não tem Bowser... quando você chega em determinada fase, simplesmente elas começam a se repetir, até você morrer. É estranho pensar em um jogo do Mario sem final, mas é isso mesmo. É um jogo em que não há um objetivo, apenas a marcação de pontos. Talvez jogadores mais novos não vejam graça nisso, mas eu lembro muito bem como era bater o recorde em um jogo e sua pontuação ficar lá gravada pra sempre (ou até a próxima vez em que desligarem a máquina). Sensação master de dever cumprido.

No final das contas, Mario Bros é um jogo muito divertido, mesmo hoje em dia. Quando me canso de jogos cinematográficos, com histórias super elaboradas, que poderiam muito bem serem livros ou filmes, este é um dos primeiros games aos quais recorro. Então, eu visto meu macacão vermelho (ou verde), entro pelo cano e me junto ao Mario (ou ao Luigi) em uma quest simples e empolgante de dar cabeçadas em tartarugas e caranguejos, enquanto recolho moedas e tento quebrar o recorde.

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