quinta-feira, 3 de maio de 2012

Games que viraram filmes

Fala, galera! Hoje, o Um Hit Point traz a vocês mais uma matéria especial: games que viraram filmes!

Todos sabemos que, hoje em dia, muitos jogos são muito mais voltados para a história do que eram até alguns anos atrás. Alguns possuem tramas tão complexas que apenas duas ou três horas não seriam o suficiente para desenrolá-las por inteiro.

Assim, com a popularidade cada vez maior que a indústria dos games vem tendo, muitos já tentaram se aproveitar e transformar jogos eletrônicos em filmes. Alguns tiveram sucesso, muitos falharam miseravelmente, mas nós, no mínimo, ganhamos muito material para nos divertirmos, ainda que essa diversão seja falar mal.

Eu não falarei de todos os filmes já feitos com base em jogos, porque ainda não assisti a todos e neste site eu prefiro apenas falar daquilo que eu já conheço, ainda que por cima. Também, comentarei apenas os que já foram lançados. Alguns ainda em fase de produção, como Uncharted, terão uma matéria própria futuramente, depois de estrearem.

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Se tivermos esquecido de algum filme que você achou legal, ou se dermos alguma mancada, podem comentar aí embaixo ou mandar um e-mail para umhitpoint@gmail.com


Agora, vamos ao que interessa!



Doom



O game da década de 90, um dos grandes responsáveis por estabelecer o fps como um dos gêneros mais populares de jogos eletrônicos levou 12 anos para chegar às telas de cinema. Ou quase isso. Protagonizado pelo Dwayne "the Rock" Johnson, poucas coisas no filme, que estreiou em 2005, realmente remetem ao jogo, como o fato da trama se passar em Marte, a presença de monstros e da estrogonófica arma BFG (conhecida entre os amigos como Big Fucking Gun).

De resto, nem de perto se aproxima da história original, que tratava de um portal aberto por engano para o inferno. Havia planos para uma continuação, mas o filme acabou sendo um fracasso de bilheteria e acabaram desistindo.


Double Dragon



Double Dragon, lançado originalmente para os arcades em 1987, é conhecido como um dos precursores do gênero beat'em up nos video games e é divertido de jogar mesmo hoje em dia. Sua versão para o cinema veio sete anos depois, em 1994, em um filme que pouco ou nada tem a ver com o roteiro original do jogo (se é que o jogo tinha algum roteiro).

Ao invés de dois irmãos lutando para resgatar a mocinha, como era de se esperar, criaram toda uma trama em volta de um medalhão, chamado double dragon, dividido em duas partes, sendo que cada uma dá diferentes poderes ao seu portador. Uma delas está com os irmão Billy e Jimmy e a outra com um chefão da máfia, que fará de tudo para ter o medalhão inteiro. 

A combinação de um roteiro fraco com atuações ainda piores fez com que este ficasse conhecido como um dos piores filmes baseados em jogos da história, se não o pior.


Final Fantasy



De longe uma das maiores séries de J-RPGs, cada Final Fantasy traz uma história que não só seria o bastante para encher um filme como faria duas horas parecerem muito pouco. No entanto, apenas dois longa-metragem, em computação gráfica, foram feitos tendo esse título como base.

O primeiro foi Final Fantasy: Spirits Within, lançado em 2001, que, na minha opinião, só se aproveitou do nome para conseguir audiência, porque pouco tem de Final Fantasy, apesar de ter sido produzido pelo próprio Hironobu Sakaguchi. Claro que na época eu achei, e continuo achando, que o trabalho que fizeram com o CG foi fantástico, ainda mais se pensar que o filme tem mais de 10 anos.

Mas a história, que se passa em um mundo futurista em que a Terra foi invadida por alienígenas, pouco tem a ver com o que vemos nos games. Algumas referências são encontradas e bastante claras, como a presença de um personagem chamado Sid e o fato da Terra possuir um espírito próprio, formado pelo espírito de todos os seres vivos, o que é algo recorrente na série. Mesmo assim, acabou sendo uma decepção para quem esperava algo mais parecido com os jogos.



No entanto, em 2005, os fãs tiveram o que sempre esperavam, porque chegou às lojas o filme Final Fantasy VII: Advent Children. Não é novidade pra ninguém que Final Fantasy VII é o jogo de maior sucesso da série, apesar de nem todos concordarem que é o melhor. E é nele que esse longa-metragem se baseia, se passando dois anos após a derrota de Sephiroth. A história é razoavelmente fraca, mas trouxe aquilo que os jogadores esperavam: ver seus personagens preferidos em HD dando muita porrada, com uma luta fantástica entre Cloud e Sephiroth. O sucesso foi tanto que, em 2009, foi lançada a versão completa para blu-ray, com a inclusão de muitas cenas que haviam sido cortadas, além de diversas revisões.



Mortal Kombat



Mortal Kombat, uma das franquias que elevou a violência nos games a um novo patamar, deu origem a dois filmes: Mortal Kombat, de 1995, e Mortal Kombat: Annihilation, de 1997.

O primeiro é um dos filmes de games mais icônicos até hoje, basicamente porque manteve o espírito dos jogos. Bom, nem de perto tem tanta violência, mas o clima sombrio e o torneio entre os mundos estavam lá. Outra coisa que curti é que os representantes da Terra praticamente não tinham poderes especiais, mas mesmo assim enfrentavam oponentes muito poderosos, sempre usando mais a astúcia do que os músculos. Só o Liu Kang usou alguns poderes, mas de forma sutil e apenas quando já estava na ilha do torneio.

As batalhas foram muito bem imaginadas e coreografadas, enquanto que as atuações não deixaram a desejar, especialmente por parte do Christopher Lambert, que fez o papel de Raiden. Os efeitos especiais tiveram um papel muito importante, especialmente na segunda metade do filme, e eu considero que foram bem usados.

Aliás, uma curiosidade: sabem por que a música tema de Mortal Kombat não esteve no nosso Top 10 de músicas de games? Porque ela não veio dos jogos, mas sim deste filme. Mesmo assim, se tornou tão famosa que até hoje é sempre associada à série. De acordo com o site do IMDb, levou menos de 2 semanas para o disco da trilha sonora chegar a platina.

Quanto ao segundo filme, Mortal Kombat: Annihilation... bem, sabem aqueles erros que podem ser cometidos ao se fazer uma continuação? Pois é, deram mancada em quase tudo aqui.

A começar pelos atores, que foram quase todos mudados, com exceção do Liu Kang e da Kitana. Até o Raiden, cuja atuação no primeiro filme foi a que mais chamou a atenção, desta vez foi vivido por James Remar, ao invés do Christopher Lambert. Como querem que os espectadores sintam que é uma continuação se mudou tudo?

E também, e isso é um semi-spoiler, matam o Johnny Cage nos primeiros cinco minutos de filme. Bem assim: "Oi, este é o filme  do Mortal Kombat, sobre 3 heróis que... opa, agora são 2 heróis". Tenho que admitir que o diretor foi muito macho pra se arriscar assim, mas não deu, cara, você tirou um personagem maneiro por motivo nenhum e ferrou tudo.

As coreografias também são muito piores do que as do primeiro filme, enquanto que as lutas envolvem diversos personagens novos, dos títulos seguintes da franquia, que mal são apresentados e já caem na porrada. E a batalha final deve ganhar um prêmio de pior batalha da história. Todos os estudantes de cinema deveriam assisti-la para saberem quais as piores formas de se usar computação gráfica e nunca repetirem isso. Aliás, quase toda a computação gráfica nesse filme é sofrível.

Definitivamente,  se você quer ver um filme sobre Mortal Kombat, fique com o de 1995. O segundo só veio para detonar o que o primeiro fez de bom.



Resident Evil



Como uma das mais populares séries de jogos survival horror, Resident Evil tem história para encher muitos filmes. E realmente, até agora foram quatro filmes e mais um a ser lançado este ano: Resident Evil (2002), Resident Evil: Apocalypse (2004), Resident Evil: Extinction (2007), Resident Evil: Afterlife e Resident Evil: Retribution (setembro de 2012).

O problema é.... apesar dos games possuírem uma história longa e complexa, os filmes pouco têm a ver com a trama original. Apesar de usarem alguns personagens e monstros da série, as semelhanças param por aí, especialmente do segundo filme pra frente. Resident Evil trata de pessoas comuns sobrevivendo a uma infestação zumbi. Se você coloca como protagonista uma mulher com super poderes, já não é Resident Evil, é um filme genérico.

E vou contar que, ainda se as mudanças tivessem sido interessantes, eu deixaria passar. Mas caramba, não são. Vou ser honesto, eu não vi todos esses filmes. Não sei se foi no segundo ou no terceiro que colocaram a Milla Jovovich para enfrentar o Nemesis em uma espécie de arena, com soldados torcendo, me deu tanta vergonha alheia que eu não aguentei continuar.

Mesmo assim, as críticas têm sido melhores do que as de muitos filmes desta lista, todos eles recebendo em torno de nota 6, segundo o site IMDb. Talvez até dê para assistir, mas não recomendo irem ao cinema ou alugarem os DVDs esperando um live-action de Resident Evil, porque desse só tem o nome.




Por outro lado, em 2008 a Capcom lançou uma animação que fez todos os filmes de Resident Evil irem embora com o rabo entre as pernas: Resident Evil: Degeneration.

Para começar, os protagonistas são dois dos melhores personagens da franquia até agora: Leon Kennedy e Claire Redfield. A história se passa alguns anos após os acontecimentos em Racoon City. A Umbrella já foi desmantelada e agora há grupos protestando em prol daqueles afetados pelo T-Virus. Uma empresa chamada WilPharma diz estar pesquisando uma vacina que impedirá que mais humanos sejam zumbificados. Mas será que conseguirá a tempo de deter uma nova infestação pelo T-Virus e pelo ainda pior G-Virus?

A animação não é perfeita, tem algumas falhas de roteiro, mas traz melhor o espírito do jogo e, também, sua história está diretamente ligada à dos games. Não vou explicar porque é spoiler, mas recomendo a todos os fãs dessa série.



Silent Hill



Esta é, na minha opinião, a melhor conversão de um jogo para as telas do cinema. Lançado em 2006, esse filme se baseou nos três primeiros games da série para criar sua história, fazendo também uma homenagem ao Silent Hill 4: The Room ao incluir uma música de sua trilha sonora.

Depois de assistir ao longa, você pode dizer que não deu medo, ou que as atuações não foram tão boas, ou sei lá, que os efeitos especiais não foram tão bons quanto gostaria. Mas não vai poder reclamar que o clima do filme é diferente daquele que vemos no jogo, porque esse foi transportado de maneira praticamente impecável.

Tudo está lá, a cidade abandonada, a neblina, a sirene, as duas dimensões, o rádio com interferência, os monstros retorcidos e desfigurados.... você se sente assistindo enquanto outra pessoa joga. Até os ângulos das câmeras muitas vezes lembram os usados em jogos de survival horror e a trilha sonora foi praticamente toda retirada dos games. Este é um exemplo que os criadores dos filmes do Resident Evil deveriam seguir. Recomendo.



Super Mario Bros.




O clássico Super Mario Bros. também teve uma participação nos cinemas, em um filme lançado em 1993, que foi ótimo pra mostrar como o mundo desse jogo é maluco. Para evitar que os espectadores ficassem 2h só vendo um bigodudo pulando em cima de cogumelos e tartarugas, introduziram uma história que acabou não colando muito bem. 

Nela, a princesa Peach não aparece, sendo substituída pela Daisy, interesse amoroso do Luigi. O Reino Cogumelo também dá espaço a uma dimensão paralela, na qual os humanos evoluíram dos dinossauros, ao invés dos primatas, sendo que o Bowser/Koopa faz parte dessa raça e quer unir as duas dimensões, para poder conquistar tudo. 

Vamos ser sinceros: o filme é ruim. Tão ruim que os atores principais, Bob Hoskins e John Leguizamo, frequentemente se embebedavam para aguentar as gravações. O Hoskins nem sabia que era baseado em um jogo até o filho contar pra ele. Mas sabem aqueles filmes que são tão toscos que dão a volta e ficam bons? 

Além disso, há várias referências tanto ao Super Nintendo quanto a itens do mundo do game. Acaba valendo à pena pela curiosidade, mas certamente não passa na regra dos 15 anos. Melhor ainda, não passa nem na dos 15 dias.



Street Fighter



Taí mais um filme que até hoje é usado como exemplo de péssima adaptação de games para o cinema. Lançado em 1994, sua história se passa em torno do Guile, "interpretado" por Jean-Claude Van Damme, ao invés de Ryu e Ken, os protagonistas dos jogos. Além disso, o pano de fundo de vários personagens foi mudado (até fizeram o E. Honda ser havaiano), as interpretações são sofríveis e o roteiro é fraquíssimo.

Não sei o que citar como a pior parte disso: Dhalsim médico criando o Blanka, Ryu e Ken parecendo dois babacas, a maneira ridícula como são mostrados os golpes especiais, a falta de um torneio... bom, enfim, o que fizeram foi pegar o nome da franquia, nomear alguns personagens com base naqueles que fazem parte dos games e criar um filme de ação muito sem-vergonha.

Apesar das críticas terríveis dos fãs, Street Fighter chegou a dar um bom lucro e até gerou um jogo baseado no filme (que foi baseado no jogo). Uma sequência chegou a ser planejada, mas desistiram em prol de um reboot, lançado em 2009 e chamado Street Fighter: a Lenda de Chun-Li.

Mesmo tendo como objetivo melhorar a imagem dos filmes baseados em Street Fighter, esse conseguiu ser ainda pior do que o primeiro. Para dar um exemplo, o personagem Vega (o cara das garras, que na verdade se chama Balrog) de espanhol virou um índio e só usa a máscara para esconder o rosto, ao invés de para protegê-lo.

Outras críticas comuns ao segundo filme são a péssima escolha de personagens (Chun-Li, Bison, Rose, Balrog, Nash, Vega e Gen), as atuações terríveis, o fato de que a Chun-Li (que deveria ser chinesa) não conseguir falar chinês direito, as mudanças gritantes na história, além de muitas outras.

Alguém precisa ensinar esses executivos que a primeira coisa a se saber ao transformar um jogo em filme é: nós entendemos que algumas mudanças precisam ser feitas, porque a mídia é diferente. Mas se você joga todo o material original fora e só usa o título e os nomes dos personagens, não é um filme baseado em um game, é propaganda enganosa.



Tomb Raider



A personagem de ação mais famosa dos games dos anos 90, vivida nos cinemas pela atriz Angelina Jolie, protagonizou dois filmes até hoje: Lara Croft - Tomb Raider (2001) e Lara Croft - Tomb Raider: the Cradle of Life (2003).

Bom, apesar da Lara Croft ter a intenção de ser uma espécie de Indiana Jones de saia (ou melhor, de shortinho), os filmes passam muito longe daqueles protagonizados pelo Harrison Ford. Em ambos a história é bastante batida e não passa de uma desculpa para vermos a Jolie dando muita porrada.

As coreografias são muito bem feitas e os efeitos especiais ficaram legais. São filmes para quem quer assistir sem compromisso, vendo uma mulher dando uma surra em dezenas de homens e fazendo um ou dois fanservices eventualmente.

Um terceiro filme havia sido planejado, mas foi abandonado em 2004. Melhor assim, eu acho. Os filmes não estavam seguindo uma progressão que necessitasse de um terceiro, para fechar a trilogia, e continuar uma série indefinidamente quase sempre leva a uma queda brusca na qualidade.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Mario provando que é macho

Isso porque ele ainda nem reuniu o exército de 300 Luigis


A fonte tá no próprio quadrinho, de novo. Olhaí. Embaixo, à direita, viu? É do vgcats.com.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Algumas datas já confirmadas para a Video Games Live 2012


Fala, galera! Hoje estamos aqui para falar sobre o maior espetáculo do mundo relacionado às músicas de video games: a Video Games Live!

Esse concerto, idealizado e protagonizado pelo compositor Tommy Talarico, teve sua estréia em Los Angeles em julho de 2005 e, desde então, tem viajado para dezenas de países ao redor do mundo, tocado por várias orquestras, com sua lotação esgotada em praticamente todos os lugares aos quais vá. Para ainda não conhece, aqui vai uma amostra:


Além de tocar músicas icônicas dos mais diversos títulos de games, como The Legend of Zelda, Sonic, Super Mario, FInal Fantasy, Portal, Advent Rising, Tomb Raider, Mass Effect, Assassin's Creed, Mega Man e muitos outros, cria também a oportunidade dos fãs se encontrarem com seus compositores favoritos, já que é muito comum esses serem convidados para participarem do show durante a performance de suas próprias músicas.

Em 2010, tivemos no Brasil a participação de Akira Yamaoka, responsável pela trilha sonora de Silent Hill, e Gerard K. Marino, compositor da trilha de God of War. Já em 2011, os fãs tiveram uma grande surpresa: uma mini-entrevista ao vivo, via teleconferência, com Ralph Baer, um dos maiores responsáveis pela existência dos video games como os conhecemos.

E agora, já consta na página oficial as datas para as apresentações no Brasil em seu Tour 2012, que passará por aqui pelo sétimo ano consecutivo: Em São Paulo, teremos dois shows, nos dias 13 e 14 de outubro, sábado e domingo. E, no Rio de Janeiro, apenas um foi confirmado por enquanto, dia 20 de outubro, sábado.

Os locais e horários ainda não foram confirmados, mas é muito bom já termos a certeza de que o evento virá para cá novamente, esperamos que com um repertório ainda mais variado do que nos anos anteriores.

E tem mais. Na lista de apresentações da turnê 2012, ainda consta isso aqui:


Ou seja: além de dois show em São Paulo e um no Rio de Janeiro teremos outras apresentações. Quais outras cidades terão a chance de sediar esse evento, cujos ingressos esgotam em poucos dias e que reúne facilmente milhares de games ao mesmo tempo? O Um Hit Point tratará de acompanhar e divulgar conforme tivermos novidades.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Impressões sobre o Diablo III Beta


Gênero: Action RPG/Hack'n Slash
Desenvolvedor: Blizzard Entertainment
Publisher: Blizzard Entertainment
Plataformas: PC
Lançamento: 15 de maio de 2012
Onde comprar: http://www.battle.net




Fala, galera. Hoje, falaremos sobre a versão beta do jogo mais aguardado e mais adiado do ano. Doze anos após o lançamento de seu predecessor, finalmente, no dia 15 de maio, ele chegará às lojas. E o Um Hit Point traz a você suas impressões sobre esse game, para que saiba o quanto de sua vida social vai pro espaço a partir do mês que vem.

Então, peguem suas poções de vida, sua espada, armadura e cajado, porque em breve voltaremos a enfrentar as hostes infernais em DIABLO 3!

Qualquer game em que você já comece cercado de zumbis é um bom game

Em primeiro lugar, é importante deixar claro que o Um Hit Point apenas teve acesso à versão beta, em que apenas era possível subir até o nível 13 e chegar até o fim do primeiro ato, derrotando o Rei Leoric, e é nela que esta matéria foi baseada. Não sabemos o quanto disso será mantido no jogo final.

A história, como já falamos quando anunciaram a data de lançamento, começa bem simples: uma estrela caiu na cidade de Tristam, aquela mesma que foi destruída no começo do segundo jogo da série. A queda dessa estrela é um mau presságio, que indica o retorno do mal e o fim dos tempos. E você faz o papel de um aventureiro que viaja de volta a Tristam para investigar esse acontecimento.

Há cinco classes de personagens para escolher: o Bárbaro (barbarian), que se utiliza de sua força bruta para destruir seus oponentes, tirando seu poder da fúria; Caçador de Demônios (demon hunter), que usa ataques à distância e manipulação de sombras para sobreviver, baseando seu poder em uma combinação de disciplina e ódio; Monge (monk), que se foca na velocidade e em ataques precisos, usando a força de seu espírito; Feiticeiro (witch doctor), que manipula as forças da vida e da morte e controla os espíritos, usando o poder da mana; e o Arcanista (wizard), mestre do tempo e das energias elementais, que se fortalece por meio do poder arcano. Cada uma delas exige do jogador um estilo diferente de jogar na tentativa de derrotar de uma vez por todas o senhor do Inferno.

Incrível como eu achei TODOS os personagens legais

O jogo em muito se assemelha aos dois primeiros títulos da série. É, na minha visão, algo entre um RPG de ação e um hack'n slash, com a câmera no estilo isométrico, ou seja, acima do personagem, mas levemente inclinada, muito usada em jogos 2D para dar a aparência de 3D.

Nele, você deve destruir hordas e mais hordas de criaturas demoníacas, indo cada vez mais fundo, explorando os mais diversos locais, desde masmorras e cavernas até o próprio inferno, em busca de derrotar Diablo, o Senhor do Terror.

No seu caminho, você encontrará vários personagens que lhe ajudarão, alguns já velhos conhecidos, como Deckard Cain, presente desde o primeiro jogo, outros novos, como Leah, filha da bruxa Adria, que já teve um papel importante na série.

Deckard Cain e Rei Leoric cara a cara

Conforme for avançando, seu personagem vai evoluindo e subindo de nível, ficando cada vez mais forte. Ao contrário dos games anteriores, neste o aumento dos atributos ao passar de nível é automático, não sendo mais escolhido pelo jogador, o que eu não gostei tanto, por ter tirado um pouco da liberdade.

A mecânica da escolha de habilidades também passou por motificações. A árvore de habilidades, ou skill tree, deu lugar a um sistema em que novos poderes são aprendidos de maneira linear, com o passar dos níveis.

Há três espécies de habilidades: as ativadas pelos botões do mouse, que são as primárias e secundárias; as da barra de ações, divididas em quatro categorias, diferentes para cada personagem e ativadas pelas teclas de um a quatro; além das habilidades passivas.

O novo sistema de habilidades tem muito potencial

Apenas um poder de cada categoria de habilidades ativas pode ser escolhido por vez, em um total de seis, sendo que não necessariamente os de nível maior serão melhores que os anteriores, o que depende muito da situação, fazendo com que o gameplay seja bem mais variado.

Por fim, há a possibilidade de se escolher runas, que também são conseguidas com o aumento de nível e causam mudanças nas habilidades, adicionando mais um elemento de estratégia.

Os combates são muito rápidos e é muito comum envolverem você e mais de uma dúzia de monstros ao mesmo tempo. Muitos deles já são tipicos da série, como zumbis e esqueletos, enquanto que outros são totalmente novos ou versões reformuladas de inimigos já conhecidos. Uma coisa que gostei foi que sempre que você encontra um novo monstro aparecem na tela anotações feitas por Cain ou outro escritor dando mais detalhes sobre aquela criatura, fazendo com que ela se torne parte daquele mundo, não só um bicho aleatório que serve como bucha de canhão.

Claro que, mais cedo ou mais tarde, você vai parar em Tristam

Como uma das características mais marcantes da franquia, não poderia estar ausente o gerador aleatório de masmorras. Isso significa que sempre que você for jogar o cenário será muito diferente da vez anterior, assim como a localização dos monstros e tesouros, que nunca se repetirão. Isso colabora para um aumento no fator replay, pois torna as fases menos enjoativas.

Algo que não esteve presente até agora e que será introduzido em Diablo 3 é a possibilidade de forjar seus próprios itens. E, quanto mais você usar o NPC para a forja, mais níveis ele passará e poderá fazer itens cada vez melhores. Não é nada realmente original, mas é uma opção a mais em um game onde os itens têm uma importância fundamental em sua jornada em busca de seus objetivos.

Consiga os materiais para fazer itens e quanto mais itens fizer mais níveis passa.
Nada de novo por aqui, ao que parece

Por sua vez, uma grande novidade em Diablo 3 é a Casa de Leilões (auction house), na qual os jogadores poderão comprar e vender os itens que encontrarem em suas jornadas. Nada novo até aí, certo? Já tem isso no WoW há uns 10 anos. A diferença é que, agora, é possível usar dinheiro de verdade nas transações. Isso mesmo, cansada de gente ganhando grana com o comércio de itens, a Blizzard resolveu que era hora de tirar sua parte. Então, mediante uma taxa a ser estabelecida, você poderá engordar sua conta bancária vendendo os itens que encontrar em suas aventuras, sendo que o dinheiro poderá tanto ser creditado em sua conta Battle.net quanto resgatado por meio de serviços como PayPal.

Os gráficos foram bastante melhorados em relação ao jogo anterior, o que era de se esperar, já que este tem doze anos de idade. Só que, até onde eu vi, não se destacaram muito em quase nenhum momento. Não me entendam mal, eu não disse de maneira alguma que são feios ou ruins. Pelo contrário, os cenários, em especial, são muito bonitos e bem feitos. Mas, em vários momentos, especialmente no que se refere aos personagens, a impressão que tenho é a de que não se preocuparam muito com os detalhes. Talvez seja porque a idéia do jogo é lhe colocar constantemente contra muitos inimigos das mais variadas espécies, o que faria a maior parte dos computadores saírem dançando ula-ula caso os gráficos fossem mais pesados.

Menos gráficos para poder colocar mais inimigos. Pra mim, é uma ótima troca.

Os sons em Diablo 3 não deixam a desejar, tanto a trilha sonora quanto a dublagem, passando pelos efeitos sonoros. Tudo isso colabora de maneira crucial para facilitar sua imersão no jogo, seja durante os diálogos que aprofundam a história do game ou no meio de combates épicos contra chefes e outros monstros épicos. Pena que, como até agora apenas tivemos acesso ao beta, ainda não presenciamos todo o potencial desse aspecto do jogo.

Quanto ao Multiplayer, segue um esquema de grupo diferente do usado nos títulos anteriores. São permitidos 4 jogadores por sala, sendo que todos eles automaticamente estão em grupo, não sendo possível se tornar hostil. Os monstros ficam mais resistentes conforme aumenta o número de players, mas, ao contrário do Diablo 2, a quantidade de experiência não aumenta.

Alguns monstros gigantes dão mesmo medo quando
encontramos pela primeira vez

Já foi divulgado que não haverá a opção de PvP quando o game for lançado, sendo que a opção virá em um patch futuro, junto com várias arenas específicas para combate entre jogadores. A falta dessa possibilidade tira boa parte da graça, mas ainda assim é muito divertido enfrentar centenas de monstros junto com seus amigos, passando níveis e encontrando itens cada vez mais fortes. 

Uma das poucas falhas que enxerguei nesse jogo é sua similaridade com os anteriores. Tudo bem que o que se esperava era algo no mesmo estilo, mas minha sensação foi a de jogar um Diablo 2 melhorado. Muitos cenários e monstros são versões aprimoradas daqueles que já vemos desde 1997. 

Inclusive, apesar de não serem tantos, pelo menos nas fases que fazem parte do beta, ainda há aqueles cenários gigantescos que levam muito tempo até serem totalmente explorados e que têm apenas monstros das mesmas espécies. Ou seja, quando finalmente encontramos as escadas pro próximo andar, já estamos esgotados daquilo.

Com o tanto de inimigos repetidos, minha maior felicidade são os ataques de área

Esse foi um erro cometido no Diablo 2, especialmente no final do Ato 1 e no início do Ato 3, que eram formados por muitos cenários praticamente iguais e em sequência, com pouquíssima variedade de inimigos, a ponto do jogador ficar desestimulado a jogar de novo, sabendo que teria que passar por aquilo novamente. O ideal, para mim, seriam cenários menores e com inimigos mais variados, para passar a impressão de que se está realmente avançando, ao invés de fazendo a mesma coisa repetidamente.

Outra coisa que não me agradou foi que tudo pareceu mais fácil. Vou ser sincero, eu não sei o que acontece quando se morre nesse game, simplesmente porque fui do início ao final do beta sem morrer nenhuma vez. Será que eu sou tão bom assim? Claro, certamente. Mas não é só isso, a própria mecânica do jogo tratou de deixá-lo mais simples. Ao matar os monstros, frequentemente caem alguns globos de vida, ou coisa do gênero, que lhe curam automaticamente. Ou seja, basta que você mate monstros o bastante que nunca vai morrer.

Mesmo quando eu enfrentei o Rei Leoric, que é o chefe final do beta, não cheguei nem perto de ser derrotado, apesar de causar um dano ridiculamente baixo nele, por ainda estar usando a mesma varinha com que comecei o jogo. Ele mesmo acabava matando sem querer os inimigos que invocava, deixando várias fontes de vida pra mim, que só tinha o trabalho de correr pegando todas. Foi meia hora de luta em que eu usei no máximo umas 7 ou 8 poções de vida.

Por que raios os monstros carregam balões cheios de poção de vida?

Os ajudantes/sidekicks/companheiros também sofreram mudanças. Não são mais contratados, como no game anterior, e sim encontrados no desenrolar da história. Mas mesmo eles acabaram deixando o game mais fácil pois, quando morrem, ao invés de serem ressuscitados na cidade, voltam à vida poucos segundos depois de caírem. O guerreiro que aparece no Beta esteve comigo na luta final e deve ter morrido umas cinquenta vezes antes de eu derrotar o Leoric, mas sempre se levantava com a vida e a mana cheias, aproveitando para me curar enquanto era morto de novo.

No final das contas, o mais importante foi o que passou pela minha cabeça ao terminar o beta: "Que droga, agora só verei a continuação dia 15 de maio". Esta é a sequência de uma história que os gamers acompanham há 15 anos e que certamente querem ver como vai se desenrolar. Apesar de ser muito parecido com os títulos anteriores, de certa forma é isso que queremos: entrar novamente na pele de um guerreiro e lutar contra as forças demoníacas, derrotando mais uma vez o Senhor do Terror, torcendo para que ele ressuscite outra vez, para podermos fazer tudo de novo. E falta menos de um mês para termos essa chance.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Video games e a violência

Fala, galera! Hoje não vamos tratar de um jogo específico, mas de um tema que volta e meia acaba indo parar na mídia: a violência nos video games.

A idéia de escrever este texto hoje veio quando, visitando o site do Yahoo, me deparei com esta notícia sobre um moleque de 4 anos na Arábia Saudita que matou o pai porque ele não lhe daria um Playstation.

Vamos deixar de lado aqui questões como "por que o idiota deixou a arma ao alcance da criança?" ou "como um pirralho de 4 anos conseguiu mirar e atirar com uma arma real?". Isso não tem tanta importância agora, o que interessa é que qualquer gamer em algum momento já leu em uma notícia, já ouviu de um parente chato, ou até de um desconhecido no metrô, que jogos violentos influenciam as pessoas e podem levá-las a cometer crimes.

Isso sempre esteve em discussão, desde que o primeiro aviãozinho do River Raid matou um helicóptero e chamaram isso de treinamento militar. Mas, se bem me lembro, a polêmica atingiu o auge em 1999, quando um cara simplesmente sacou uma metralhadora no meio de um cinema em São Paulo e saiu metralhando pessoas aleatoriamente, supostamente influenciado pelo jogo Duke Nukem 3D, do qual já falamos por aqui.

Essa é a famosa cena do cinema do Duke Nukem 3D. Passei por ela
há 20 minutos atrás e ainda não comprei uma metralhadora.

Antes de tudo, o que é considerado um jogo violento? No Atari, tínhamos jogos em que um avião saía destruindo vários veículos à frente dele, causando centenas de mortes, com certeza. Isso é considerado um game violento? Ou o que causa preocupação é o sangue, como aqueles baldes que aparecem no Mortal Kombat? Quem sabe até o problema seja quando a violência é misturada a outro tipo de conteúdo, como o erotismo presente em God of War e GTA.

Eu considero violentos os jogos que tenham cenas de grande impacto emocional, apresentação explícita de mortes e mutilações ou as duas coisas juntas. Quem não se lembra da famosa fase "No Russian", do Modern Warfare 2, em que você matava a sangue frio dezenas de civis em um aeroporto? Foi tão chocante que, apesar do jogo inteiro se basear em matar os outros, esse nível em especial tinha a opção de não ser jogado.

Agora a pergunta: Vocês acreditam que video games violentos podem influenciar as crianças, a ponto de atirarem contra seus familiares ou em pessoas na rua?

Isso aqui me dá mais vontade de machucar alguém do que qualquer jogo

Eu diria que é possível, mas não em qualquer caso. Pelo que eu acompanho dos video games, e eu conheço muita gente que joga desde pequeno, eles não transformam pessoas boas em más. O que pode acontecer é que sirvam como um catalisador de um problema mental que já existia, ainda que latente.

Oras, quantas vezes não vemos atos violentos sendo cometidos por causa de futebol? De religião? De um relacionamento rompido? De discussões no trânsito ou em bares? Quantos assassinos em série não existiram antes mesmo dos jogos eletrônicos terem sido inventados? Certamente "Jack, o Estripador" não jogou God of War.

Se uma pessoa tem tendência à violência ou a perder o controle, ou se possui qualquer tipo de doença mental que lhe tira a capacidade de diferenciar o certo do errado, há uma infinidade de coisas que podem desencadear um ato considerado totalmente insano, desde um jogo violento até levar um fora da namorada.

Muitos games são absurdamente divertidos sem envolverem violência explícita

No caso de crianças, que desde pequenas têm acesso aos jogos eletrônicos, é importante que sempre tenham em mente que existe uma diferença entre o mundo real e o virtual, sendo que a violência deve sempre permanecer no virtual. 

Se você tem dúvidas quanto à capacidade do seu filho ou filha de fazer essa diferenciação, é muito simples: não deixe que jogue um game que não é apropriado pra idade dele. Pronto. É pra isso que existe uma classificação indicativa em todos os jogos. Se seu filho tem tendência a ser violento e você o deixa jogar GTA, amigo, a culpa é sua, não do jogo. Ele é feito pra adultos e isso está escrito bem claro na caixinha.

Eu, particularmente, jogo desde que tinha 3 ou 4 anos de idade. Meus pais nunca me proibiram de jogar algo, então eu passei por games de luta, de tiro, de espadas... até um pouco de GTA, que surgiu quando eu estava no começo da adolescência. E garanto que nunca tentei matar ninguém fora do jogo. Dentro sim, é até muito divertido, e a questão é justamente saber manter a violência dentro da tela.

É deste jeito que funcionam os jogos violentos

Então, pais preocupados, eu não recomendo proibirem totalmente seus filhos de brincarem com video games. Ainda porque, os benefícios que eles trazem são enormes, desde o desenvolvimento de reflexos até melhor conhecimento de línguas estrangeiras, como o inglês.

Se não gostariam de vê-los decapitando pessoas no Manhunt, dêem a eles um Final Fantasy, Chrono Trigger, Mario Bros, Zelda ou outros games que não possuem tanto conteúdo violento. Mas não adianta privá-los de uma diversão que pode ser muito benéfica simplesmente porque acham que isso pode causar um novo tiroteio no cinema. 

Se elas começarem a apresentar comportamento violento ou preocupante de alguma forma, aí sim, alguma providência deve ser tomada. Mas o mais comum é que uma criança bem criada possa jogar até mesmo God of War desde os três anos sem ter problema algum no futuro.



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Os Vingadores tem pré-estréia agitada e vem com tudo na estréia


O filme Os Vingadores (The Avengers) é um longa que interliga vários heróis (Homem de Ferro, O Incrível Hulk, Homem de Ferro 2, Thor e Capitão América: O Primeiro Vingador) em uma só aventura ( que promete ter  uma continuação) que irá estréiar nesta sexta-feira.
Nós do Um Hit Point fomos à pré-estréia conferir a reação dos fãs, os resultados variaram de: Incrível até muito %¨&#.  A segurança foi muito rígida, todo e qualquer eletroeletrônico foi confiscado e só devolvido após o termino da sessão, durante a exibição seguranças com binóculos de visão noturna varriam a sala à procura de câmeras.
O filme que tem duração de 142 minutos é muito bem contado e contem cenas de ação que fazem o 3D valer a pena.
Agora é só esperar essa superprodução bater alguns que recordes, que na opinião de quem estava na sala irá conseguir com facilidade.






Trailer (para matar a curiosidade ou aumentar)




Ah, agora tá explicado

Sabia que tinha algum público pro Kinect



Desta vez, a fonte está no próprio quadrinho. É só olhar ali, ó. Em baixo, à esquerda. Achou?